A sua influência, decisiva em relação ao modo como evoluíram em Portugal o conceito e os critérios construtivos da designada habitação social, fez-se sentir através da palavra, como consultor e “formador” dos que com ele trabalhavam ou o contactavam, e da obra, como arquiteto, e não tanto pela escrita ou por intervenções em encontros de natureza académica e de ações de diálogo ciência-sociedade. Ao Nuno Portas cosmopolita, irrequieto, leitor compulsivo, exímio na reflexividade crítica, interdisciplinar, quase não-arquiteto, opunha-se o outro Nuno (Teotónio Pereira), sempre arquiteto-cidadão, discreto mas assertivo nas suas opiniões e nos seus conselhos, leal aos princípios modernistas, preocupado em garantir uma habitação decente a...