Célula tumorais circulantes

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2014Objetivo: As células tumorais circulantes foram observadas pela primeira vez em 1869 por Thomas Ashworth. A sua importânica para a investigação moderna do cancro tornou-se clara a meio dos anos 90, com a demonstração que estas células aparecem em circulação numa fase inicial da doença. Desde então surgeriam diversos estudos corroborando o seu impacto na monitorização da progressão da doença. A revisão de conjunto proposta visa esclarecer a situação actual da investigação em curso acerca das células tumorais circulantes bem como a sua revelância no diagnóstico e terapêutica do cancro. Métodos: Com recurso às metodologias de pesquisa aplicadas à investigação, realizou-se a pesquisa de dados bibliográficos através das palavras-chave: circulating tumor cells; CTCs; circulating tumor cells diagnosis; circulating tumor cells detection; circulating tumor cells treatment. Dos artigos e documentos oficiais obtidos sobre o tema selecionaram-se os mais pertinentes, os quais foram estudados intensivamente com o objetivo de recolher a informação essencial à realização desta revisão de conjunto. Conclusão: Decorridos anos de investigação, a utilidade clínica das células tumorais circulantes tem ganho maior enfase. Foram desenvolvidos uma variedade de métodos para a sua detecção e caracterização, continuando estes em permanente evolução e aperfeiçoamento. Contudo, ainda existem muitas barreiras a superar antes que se possam tornar ferramentas activas no combate ao cancro. Ainda assim a sua utilidade como "biópsia líquida" tem sido cada vez mais bem definida, de modo a facilitar alterações personalizadas na terapia do paciente, melhorando prognóstico e qualidade de vida