Abordagem farmacoterapêutica da fibrose quística

Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2014Objectivos: Rever as principais abordagens farmacoterapêuticas actualmente disponíveis no controlo e prevenção das diferentes manifestações da Fibrose Quística (FQ), avaliar o seu impacto na qualidade e esperança de vida dos doentes e reunir futuras perspectivas terapêuticas. Métodos: Pesquisaram-se em fontes fidedignas artigos de revisão, guidelines terapêuticas e ensaios clínicos, seleccionando-se os documentos mais relevantes. Foram consultados livros com interesse na área da farmacologia e farmacoterapia, recolhendo-se a informação mais pertinente para a elaboração da monografia. Resultados: A evolução no tratamento da FQ teve repercussões extremamente positivas na esperança de vida dos doentes. O tratamento da componente respiratória, maior condicionante do prognóstico, é prioritário. Porém, é essencial efectuar-se uma abordagem integral da doença. Apesar de tudo, a mortalidade e morbilidade associadas à FQ são ainda uma realidade, pelo que se impõe a necessidade de novas terapêuticas. Assim, actualmente encontram-se em desenvolvimento novos fármacos e novas abordagens como a terapia génica e a modelação proteica. Conclusões: A abordagem farmacoterapêutica da FQ implica obrigatoriamente uma intervenção multidisciplinar, devido à ampla variedade de manifestações que decorrem da doença. Actualmente, a terapêutica desta patologia assenta no tratamento da sintomatologia que lhe está associada e na prevenção da sua progressão. Porém, a tendência da investigação actual baseia-se na compreensão e desenvolvimento de estratégias terapêuticas que actuem no defeito-base subjacente, isto é, no gene e na modelação da proteína CFTR