Sonolência excessiva diurna após tratamento com CPAP na síndrome da apneia obstrutiva do sono

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014Introduction: Excessive daytime sleepiness (EDS) is one of the most common and troublesome symptoms in OSAS patients. Some patients continue to experience sleepiness under CPAP treatment. In this situation, the patient should undergo a clinical re-evaluation in order to investigate and treat the sleepiness. However, after having optimized CPAP and excluded other sleepiness-associated disorders, a few patients remain sleepy. Methods: In a longitudinal observational study, 28 patients with OSAS who remained sleepy under CPAP treatment were followed to investigate the causes of their excessive daytime sleepiness and treat them. In the end of the follow-up, it was assessed their EDS. Results: All the patients followed were diagnosed with a sleepiness-associated condition. The treatment of those conditions improved the EDS in 17 patients (60,7%). However, 4 patients (14,3%) continue to experience sleepiness in this study, despite treatment of the recent diagnosed causes of EDS. Discussion and Conclusion: Our study suggests that physicians should regularly evaluate the CPAP-treated patients that remain with EDS, actively searching for other potential causes, because their treatment improves sleepiness.Introdução: A sonolência diurna excessiva (SDE) é um dos sintomas mais comuns e problemáticos na SAOS. Alguns doentes referem persistência da sonolência após o tratamento com CPAP. Neste contexto, o especialista deve proceder a uma reavaliação clínica do doente de forma a investigar e tratar a sonolência. No entanto, mesmo após exclusão de outras comorbilidades e optimização do tratamento, alguns doentes permanecem sonolentos. Métodos: Estudo observacional longitudinal retrospetivo. Em 28 doentes com diagnóstico de SAOS tratados com CPAP que permaneciam com SDE, foram investigadas causas para a sua persistência e, posteriormente, foram implementadas as respetivas estratégias terapêuticas. No final do seguimento, avaliou-se a evolução da SDE. Resultados: Todos os doentes acompanhados foram iagnosticados com condições/doenças que podem contribuir para a persistência de SDE. O respetivo tratamento dessas causas permitiu a melhoria da sonolência em 17 doentes (60,7%). Contudo, 4 doentes (14,3%) permaneceram com sonolência, apesar de investigação diagnóstica e instituição de respetiva terapêutica. Discussão e Conclusão: O nosso estudo sugere que é importante investir no acompanhamento dos doentes tratados com CPAP que mantém SDE, procurando ativamente outras causas, uma vez que o tratamento destas permite a melhoria da sonolência