Aveia integrada como cultura intercalar de Inverno após o cultivo de milho fertilizado com adubos de liberação lenta e controlada de nutrientes

A boa gestão do nitrogênio (N) na agricultura é de extrema importância para minimizar impactos ambientais. Neste trabalho objetivou-se avaliar a influência do N residual da cultura do milho na aveia cultivada em sequência, e a capacidade da aveia em capturar N residual do solo. O experimento foi instalado em Bragança, NE Portugal, nos anos 2018 e 2019. O milho foi conduzido em delineamento completamente casualizado utilizando um fertilizante nitrato de amônia (27 %N), em três doses 50, 100 e 200 kg N ha-1, repartidas em aplicações de fundo e cobertura, um fertilizante NPK de liberação controlada (12-10-18) e um fertilizante estabilizado com um inibidor da nitrificação (26 %N), ambos aplicados em fundo nas doses de 100 e 200 kg N ha-1, um corretivo orgânico (estrume de vaca), aplicado em fundo correspondendo à 100 kg N ha-1, com e sem suplementação de 100 kg N ha-1 em cobertura e uma testemunha não fertilizada. A aveia não foi fertilizada. As maiores doses de N (200 kg ha-1) resultaram nos maiores teores de N mineral residual no solo após a colheita do milho. A aveia foi beneficiada pelo N residual, como observado pelos indicadores SPAD e NDVI. À medida que a produção de massa seca aumentou a quantidade de N recuperado pela aveia também aumentou. O cultivo da aveia proporcionou uma redução de mais de 80% do teor de N mineral residual no solo, comprovando a sua eficácia como cultura de captura e evitando perdas potenciais de N por lixiviação de nitratos ou desnitrificação.