Masculinities in focus : violence prevention strategies in the male population

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2019.Este trabalho busca compreender as interfaces do referencial de gênero com as estratégias de prevenção de violência masculina propostas por estudos realizados no campo da saúde no Brasil. Trata-se de um estudo com a revisão de literatura abrangendo o período entre 2009 e 2018, por meio de 13 artigos com abordagem qualitativa enfocando estudos empíricos que apresentaram ações e propostas relativos ao tema da violência na população masculina brasileira. Os resultados apontaram que fatores socioculturais do que é ser homem, como a masculinidade é construída de maneira longitudinal perpassando os ciclos de vida é o que repercute em comportamentos de risco que levam os homens a situações de violência tanto como autor ou vítima. Neste sentido, estratégias de prevenção a violência precisam estar atentas para compreensão do como os homens constroem a sua relação com o cuidado de si e com os outros. O estudo conclui que os parâmetros históricos, econômicos e socioculturais que demarcam as relações de gênero no Brasil estão diretamente relacionados a violência na população masculina. Com base nisso, estratégias que abordam a violência precisam englobar ações de prevenção assim como propostas de sensibilização em particular de profissionais de saúde, para garantir a construção do exercício de múltiplas formas de expressar a masculinidade, minimizando sua vinculação a situações de risco.This work aims to understand interfaces between the conceptual framework of gender and strategies of prevention of male violence proposed by studies carried out in the field of health in Brazil. The study is an integrative review covering the period between 2009 and 2018, totaling 13 articles based on qualitative methods focusing on empirical studies that discuss interventions and proposals that addressed violence among the Brazilian male population. The results pointed out that socio-cultural factors that inform what it is to be a man, including notions of masculinity, are constructed longitudinally across the life cycle, which is reflected in risk behaviors that lead men to situations of violence both as author and victim. In this sense, violence prevention strategies need to be attentive to understanding how men construct their relationship with caring for themselves and others. The study concludes that the historical, economic and socio-cultural parameters that demarcate gender relations in Brazil are directly related to violence in the male population. Based on this, strategies that address violence need to include preventive measures as well as proposals to raise the awareness of health professionals in particular, in a manner as to ensure possibilities to exercise multiple ways of expressing masculinity, minimizing in this manner its association to risk exposure