Biópsia do Gânglio Sentinela em Melanomas Espessos: Estudo Clínico Retrospectivo num Único Centro

Background: Sentinel lymph node biopsy is widely accepted in the staging of melanoma. The prognostic value of this technique seems to be greater in intermediate-thickness melanoma (1-4 mm) than in thick melanoma (>4 mm).Objective: To assess the prognostic value of sentinel node status in patients with thick melanoma.Patients and Methods: The disease-free survival and the overall survival were estimated using Kaplan-Meier curves and a Cox regression model in a sample of patients with thick melanoma.Results: Forty-three patients were included (52.2% male) with a mean age of 63.9 years. Sentinel node biopsy was positive in 20 patients (46.5%). Mean follow-up was 40 months. Patients without sentinel node metastases had a 5-year disease-free survival rate significantly higher than those with positive sentinel node (63% versus 19%, p < 0.05). The 5-year overall survival rate was tendentiously lower in patients with positive sentinel node (52% versus 79%), lacking statistical significance.Conclusion: The sentinel node status was not able to predict the overall survival in our series of thick melanomas, probably due to the high risk of hematic spread. However, sentinel lymph node biopsy provided important prognostic information, since the sentinel lymph node status influenced the disease-free survival.Introdução: A biopsia do gânglio sentinela é um procedimento genericamente aceite no estdiamento do melanoma. O valor prognóstico desta técnica parece ser mais relevante nos melanomas de espessura intermédia (1-4mm) do que nos melanomas espessos (>4mm).Objectivo: Avaliar o valor prognóstico do estado do gânglio sentinela em doentes com melanoma espesso.Doentes e Métodos: A sobrevivência livre de doença e a sobrevivência global foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier e por um modelo de regressão de Cox numa amostra de doentes com melanoma espesso.Resultados: Foram incluídos 43 doentes (52.2% do sexo masculino) com uma média etária de 63,9 anos. A biopsia do gânglio sentinela foi positiva em 20 casos (46,5%). O tempo médio de seguimento foi de 40 meses. Os doentes em que não foram encontradas metástases no gânglio sentinela tiveram uma sobrevivência livre de doença aos 5 anos significativamente maior do que o grupo de doentes com gânglio sentinela positivo (63% versus 19%, p<0.05). A sobrevivência global aos 5 anos foi tendencialmente mais baixa em doentes com gânglio sentinela positivo (52% versus 79%), embora sem significado estatístico.Conclusão: O estado do gânglio sentinela não teve influência estatística na sobrevivência global dos doentes da nossa série de melanomas espessos, provavelmente devido ao risco elevado de metastização por via hemática. Porém, a biopsia do gânglio sentinela forneceu informação prognóstica relevante, uma vez que teve clara influência na sobrevivência livre de doença