Potências médias emergentes e desafios à segurança global: o caso do Brasil e da Turquia. Implicações para Portugal

A ordem global actual difere fundamentalmente da ordem mundial caracterizada pela multipolaridade clássica ou bipolaridade da Guerra Fria. Existem muitos mais centros de poder e entidades não estados-nação com poderes: empresas multinacionais, grupos terroristas, organizações não-governamentais e até indivíduos. Dois países em rápido crescimento, a Turquia e o Brasil, ambos membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, chegaram a um acordo surpreendente em Maio de 2010 sobre o programa nuclear do Irão. Tradicionalmente, o Brasil e a Turquia eram países que se inseriam no círculo de infl uência dos Estados Unidos, mas agora parecem decididos a questionar a sua confi ança na supremacia americana. Em ambos os casos, as suas ambições são globais. Esta apresentação retrata o Brasil e a Turquia no teatro das relações internacionais, especialmente no contexto da dinâmica de mudança das relações internacionais, e no âmbito económico, político, e carácter de segurança de cada país, analisando as perspectivas futuras de cada um. Debruçando-se sobre Portugal, esta comunicação enquadra a actual situação política e económica do país, assim como os seus principais objectivos, aspirações e interesses, no contexto da realidade política externa. Da mesma forma, defi nem-se as razões pelas quais Portugal necessita de se envolver de forma dinâmica com estes dois países, em termos bilaterais e multilaterais, sem descurar, naturalmente, os valores e interesses associados às suas alianças com os EUA e a UE