Nos volumes À Sombra da Memória, Rosto Precário e Os Afluentes do Silêncio, Eugénio de Andrade apresenta diversas crónicas sobre o ato criativo, de suma importância para compreender a sua poesia e poética. Por que razão equiparava o escritor a um artífice? Valorizava mais a epifania ou o trabalho árduo? Como se relacionou com as influências literárias? Quais as principais características estilísticas da sua poesia? De que modo a sua escrita lembra a música? Onde buscou matéria para acender o fogo da poesia? Na minha pesquisa, recorro à análise de excertos das crónicas de Eugénio e às opiniões especialistas nos estudos literários, para compreender o fazer poético num dos nossos mais importantes escritores