Helena é Troia: ou as helenas de troia, ny, de Bernadette Mayer

A espinha dorsal deste livro constituiu-se por uma escrita performática subterrânea. Neste caso, a autora procurou mulheres chamadas Helena residentes em Troia, cidade localizada em Albany, Estado de Nova Iorque. Após encontrar cada uma dessas mulheres, Bernadette Mayer as fotografou e as inseriu no livro. Em seguida, a artista gravou entrevistas sobre a vida delas em Troia. Por fim, o procedimento poético da autora foi transformar as entrevistas dessas Helenas nos poemas que lemos. Neste livro, temos diante de nós entrevistas convertidas em poesia lírica. A leitura desses poemas, a princípio, permite refletir o porquê de as histórias contadas por cada Helena estarem imbuídas de tantas estéticas diferentes. Esta reflexão advém da performance com a qual Mayer nos faz mergulhar na experiência de escrita desses poemas e dessas mulheres como se estivéssemos diante delas e necessitássemos e/ou pudéssemos conhecê-las