O título deste ensaio é motivado pelo filme O Som ao redor (2012), de Kleber Mendonça Filho, emblemático de um modo contemporâneo de interpretar o Brasil. É ponto de partida e de chegada destas reflexões que buscam colocar em questão o ultrapassamento da estratégia romântico-modernista de interpretar a nação enquanto totalidade, pautada pela epistemologia da “formação”. O deslocamento dessa tradição leva a considerar recortes do cotidiano urbano, na literatura e na cultura midiática dos anos 2000, quando, por outro lado, se reeditam as obras clássicas e canônicas das Ciências Sociais, que programaticamente se impunham a tarefa de interpretar a Nação, ao correr do século XX. Indaga-se se, nessas visões parciais, a Nação deixa de ser o centro...