Influência da limpeza do forame apical no reparo de lesões periapicais

Introduction: The present study sought to assess the effect of apical foramen cleaning in the repair of periapical lesions detected by radiography. Methods: The sample comprised 980 teeth collected from 25 February 1997 to 15 March 2005 which had been subjected to endodontic treatment and exhibited radiographically visible periapical lesions. The sample was then divided into two groups: Group I, 402 root canal treatments in which cleaning of the apical foramen had not been performed, and Group II, composed of the remaining 578 root canal treatments where the procedure had been performed. After one year, the teeth were clinically and radiographically evaluated. Results: In Group I, 360 canals (89.55%) had no evidence of periapical lesions, versus 521 (90.13%) in Group II. Partial presence of these lesions was observed in 23 canals (5.72%) in Group I versus 27 (4.67%) in Group II. No changes in images were observed in 19 (4.72%) canals in Group I and 30 in Group II. Pearson’s chi-square test showed no statistically significant difference between the Groups I and II (p = 0.732). Conclusions: These findings suggest that foramen cleaning is not a determinant of periapical lesion repair.Objetivo: O presente estudo procurou acessar o efeito da limpeza do forame apical no reparo de lesões periapicais detectadas radiograficamente. Materiais e métodos: A amostra constituiu-se de 980 dentes selecionados de 25 de fevereiro de 1997 a 15 de março de 2005 que foram submetidos a tratamento endodôntico e exibiram lesões periapicais radiograficamente visíveis. A amostra foi então dividida em dois grupos: Grupo I, 402 tratamentos de canal em que a limpeza do forame apical não foi realizada, e Grupo II, composto pelos 578 dentes restantes onde o procedimento foi realizado. Após um ano, os dentes foram clínica e radiograficamente avaliados. Resultados: No Grupo I, 360 canais (89,55%) não tiveram evidência de lesões periapicais, versus 521 (90,13%) no Grupo II. Presença parcial dessas lesões foi observada em 23 canais (5,72%) no Grupo I versus 27 (4,67%) no Grupo II. O teste qui-quadrado de Pearson não demonstrou significância estatística entre os Grupos I e II (p=0,732). Conclusões: Estes achados sugerem que a limpeza do forame apical não é um determinante para o reparo de lesão periapical