TRANSTORNO MENTAL COMUM E IMAGEM CORPORAL DE IDOSAS DO NORDESTE BRASILEIRO

Objetivou-se investigar a relação entre transtorno mental comum (TMC) e imagem corporal (IC) de idosas da Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) em Jacobina, Bahia. Trata-se de um estudo transversal, com amostra de 56 idosas da UATI, com média de idade de 66,95 anos (±5,7DP). Utilizou-se o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), a escala de nove silhuetas, o Índice de Massa Corpórea (IMC) e o questionário sóciodemográfico. Utilizaram-se análises estatísticas descritivas, o quiquadrado com p < 0,05 e cálculos da razão de chances (OR) com intervalo de confiança de 95%. Observou-se que a maioria apresentou 10 ou mais anos de estudo (71,4%), são casadas (38,6%), possuem problemas de saúde (80,4%) e histórico familiar de doença (80,4%). A frequência de TMC foi de 17,9%, mas sem diferença significativa entre o TMC e a imagem corporal das idosas investigadas (p=0,51), demonstrando que o projeto da UATI está sendo benéfico para essa população. Em relação à IC, a maioria das idosas está insatisfeita com sua silhueta atual (71,4%). Observou-se a associação da IC com a massa corporal e o estado nutricional das idosas, evidenciando potenciais fatores de risco, para maior insatisfação da IC, quando o peso e o estado nutricional estão inadequados. Recomenda-se que novos estudos possam ser realizados, visando ampliar as questões aqui discutidas, uma vez que publicações sobre a temática da imagem corporal e saúde mental são recentes no campo da Educação Física