De espectador à produtor de imagens: seguindo pistas do trabalho com stop motion na Educação

Este artigo apresenta o resultado de experiências com a técnica de animação em stop motion em cursos de formação de professores. As potencialidades da utilização da técnica em contexto educacional são analisadas à luz dos trabalhos de Walter Benjamin, Roland Barthes, Vanessa Schwartz e Jeannene M. Przybyski, entre outros, sobre fotografia, cinema e a imagem na modernidade. São discutidos o surgimento da figura do espectador na modernidade e os impactos da fotografia na subjetividade, na percepção do tempo e da realidade, bem como os conceitos benjaminianos de inconsciente ótico, montagem e imagem dialética. O trabalho discute como a utilização da técnica do stop motion pode favorecer a passagem dos sujeitos da condição de espectadores para a de produtores de imagens, permitindo outra compreensão e tomada de consciência dos usos e sentidos das imagens na cultura contemporânea e em contexto digital, bem como outras experiências de tempo e subjetivação na educação