Controle alternativo da requeima (Phytophthora infestans (Mont.) De Bary) e do oídio (Oidium lycopersici) na cultura do tomate em cultivo protegido: avaliação de efeito fitoprotetor de extratos aquosos de cavalinha (Equisetum hyemale L.) e de cinzas de casca de arroz

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas.A requeima causada pelo fungo Phytophthora infestans é uma das doenças mais destrutivas da cultura do tomate, principalmente em cultivos alternativos. Contata-se, então, a necessidade de testar produtos alternativos aos fungicidas utilizados hoje pelos produtores e que possuam propriedades fitoprotetoras capazes de diminuir os danos causados por esta doença, além de outras como o oídio (Oidium lycopersici). O presente trabalho foi desenvolvido na Escola Agrotécnica Federal de Sombrio/SC, no período de abril a agosto de 2002, com o objetivo de avaliar o efeito fitoprotetor dos extratos aquosos de cavalinha (Equisetum hyemale L.) e cinzas de casca de arroz, no controle alternativo da requeima e oídio em tomate. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro concentrações para cada extrato (cavalinha e cinzas), com seis repetições de três plantas, por tratamento. Nos tratamentos foram utilizados extratos aquosos de cavalinha nas concentrações de zero, 5, 20 e 50 g.L-1 e de cinzas de casca de arroz nas concentrações de zero, 20, 40 e 80 g.L-1. O estado fitossanitário da cultura do tomate foi avaliado semanalmente, a partir do início da incidência da requeima e do oídio. Utilizou-se uma escala de notas variando de 1(até 3% da área foliar lesionada) até 5 (mais de 25% da área foliar lesionada) para determinação da severidade da requeima. Avaliou-se ainda, a incidência da requeima e do oídio. Os dados obtidos no ensaio de campo foram submetidos à análise da variância e, para comparar médias aplicou-se o teste de Duncan a 5% de probabilidade de erro. O extrato de cavalinha nas concentrações de 20 e 50 g.L-1 foi eficiente no controle de requeima para os parâmetros avaliados: incidência, severidade e área abaixo da curva de progresso da doença. Em relação ao oídio, as concentrações de 5, 20 e 50 g.L-1 do extrato de cavalinha foram eficientes no controle da doença. Já as concentrações de 20, 40 e 80 g.L-1 do extrato aquoso de cinzas de casca de arroz não apresentaram eficiência no controle da requeima e do oídio, nas condições testadas