O riso, fenómeno duplo em Victor Hugo, expressão de um eu romântico dilacerado entre a luz e as trevas é considerado, na sua época, tanto uma manifestação do Bem quanto uma manifestação do Mal. O riso luminoso pode tornar-se riso negro, o riso satânico de que fala nomeadamente Baudelaire. Este fenómeno do riso em Victor Hugo que culminará com o Homem que ri numa monstruosa caricatura do riso associada à dor, está igualmente presente em Notre- -Dame de Paris, romance cuja acção se situa no fim da Idade Média. Observaremos no decurso desta comunicação as manifestações do riso e das suas formas derivadas negativas (risos de escárnio, rictos) e positivos (sorrisos) no romance de Hugo. A missa dos Loucos, evocada desde a primeira página, naq...