Intertextualidade (e anti-linenaridade) as obras de Janette Winterson : Oranges are not the only fruit, The passion e Sexing the chery : desafio, ou afirmação de convençõpes literárias?

Dissertação de Mestrado em Estudos Ingleses apresentada à Universidade AbertaUma introdução que dá a conhecer o background literário de Jeanette Winterson introduz os tópicos e as teorias que subjazem à argumentação desenvolvida ao longo da dissertação. A anti-linearidade, a intertextualidade, o Pós-Modernismo ou a construção da identidade constituem vectores centrais na abordagem às obras da autora. A crítica literária parece responder em uníssono à questão que pretende categorizar a obra literária da autora. O Pós-Modernismo é uma estética recorrentemente associada a Winterson, nomeadamente pela exploração de questões que instauram a incerteza quanto a verdades universais, desconstruindo a ideia pré-concebida de ordem, jogando com expectativas, contextos, formas, associações e estruturas (supostamente) estáveis – narrativa; estilo; facto/ficção; história/literatura; tempo e espaço, ou género. Partindo de um pressuposto de que um texto não é constituído por uma unidade hermética e linear, mas que comunica com outros textos (no seu sentido mais lato) tal parece constituir a base de criação textual de Winterson, impondo, assim, toda uma dinâmica de análise dialógica/intertextual. Neste sentido, procurarei demonstrar como é que a intertextualidade e uma narrativa anti-linear lhe permitem desafiar convenções literárias, sublinhando a forma como legitimam a produção de sentidos e a definição de uma ou de várias identidades. Tentarei igualmente evidenciar de que modo a autora se apropria das tradições literárias masculinas para centralizar discursos marginais e promover a sua arteRésumé- Une introduction qui nous donne à connaître le background littéraire de Jeanette Winterson introduit les sujets et les théories qui sous-tendent à l’argumentation développée tout au long de la dissertation. L’anti-linéarité, l’intertextualité, le Post-modernisme ou la construction de l’identité constituent les vecteurs principaux de l’étude des oeuvres de cet auteur. La critique littéraire semble répondre à unisson à la question qui prétend catégoriser l’oeuvre littéraire de cet auteur. Le post-modernisme est une esthétique habituellement associée à Winterson, nommément au travers de l’exploration des questions qui instaurent l’incertitude quant aux vérités universelles, détruisant l’idée reçue de l’ordre, jouant avec les attentes, contextes, formes, associations et structures (soi-disant) stables – narration; style; fait/fiction; histoire/littérature; temps et espace, ou genre. Partant du principe qu’un texte n’est pas construit à partir d’une unité hermétique et linéaire, mais qui communique avec d’autres textes (au sens large), tel semble constituer la base de la création textuelle de Winterson, imposant, ainsi, toute une dynamique d’analyse dialogique/intertextuelle. Je me propose donc de démontrer dans quelle mesure l’intertextualité et une narrative anti-linéaire lui permette de défier les conventions littéraires, soulignant la manière dont on légitime la production de sens et la définition de une ou plusieurs identités. Je tenterai également de mettre en évidence de quelle manière l’auteur s’approprie des traditions littéraires masculines afin de centraliser des discours marginaux et de promouvoir son art.Abstract- An introduction establishing Jeanette Winterson’s literary background opens the debate of the main topics, as well as of the theories underlying the approaches developed along the chapters’ approaches; among them there are anti-linearity, intertextuality, postmodernism or the construction of an identity. Literary criticism seems to agree on the way of categorising the author’s work; postmodernism is commonly associated to Winterson’s writing, especially when issues establishing the uncertainty concerning universal truths are under analysis, deconstructing the traditional idea of order and playing with expectations, contexts, shapes, associations and structures supposedly stable – plot; style; fact/fiction; history/literature; time and space; or gender. Starting with the assumed idea that a text is not a linear and hermetic object, but that it communicates with other texts instead in the broadest sense, it seems to be the foreground of Winterson’s artistic creation, thus establishing a new dialogic/intertextual analysis dynamic. From this perspective I will try to demonstrate how intertextuality and an anti-linear narrative serve her purpose of challenging literary conventions, highlighting the way they allow the production of meanings and the definition of one or several identities. I will also undertake the task of showing how she appropriates what is regarded as masculine literary traditions in order to centralize marginal discourses and promote her ar