Olhares de Educadores e Professores sobre o Ensino das Expressões na Educação Infantil e 1.º Ciclo do Ensino Básico : Estudo de Caso numa escola de estágio

XX Colóquio da Secção Portuguesa da AFIRSE 2013 "Formação Profissional: Investigação Educacional sobre teorias, políticas e práticas". Lisboa, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, 31 de janeiro, 1 e 2 de fevereiro de 2013.A escolha da área das Expressões como temática a aprofundar teve origem no nosso percurso escolar, académico e não só, onde constatamos sempre duas realidades distintas. Por um lado, e referente ao contexto educacional Pré-Escolar, deparamo-nos com o seu uso significativo. Por outro lado, e relativamente ao contexto do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB), verificamos uma quase exclusão ou abolição destas áreas, onde eram, maioritariamente, desenvolvidas nas épocas festivas ou como momentos para ocupar o tempo das crianças. Como tal, tornou-se pertinente averiguarmos a forma como está previsto o desenvolvimento das Expressões na Lei das Bases do Sistema Educativo e confrontar essa intenção teórica com a realidade da prática na escola em que realizamos o(s) nosso(s) estágio(s): tentando conhecer como os Educadores de Infância (EI) e os Professores do 1.º Ciclo (Pf 1.ºC), da escola do nosso estágio pedagógico, percecionavam as potencialidades e limitações do ensino das expressões na escola. Sendo assim, contamos com a colaboração de 3 EI e 3 Pf. 1.º C., cooperantes na formação de professores. Recorremos à entrevista semi dirigida, para recolher as suas perspetivas e a partir da análise de conteúdo dos seus depoimentos, transcrevendo os excertos mais relevantes, pudemos averiguar que as Expressões são consideradas áreas ricas pelo seu potencial, no entanto, apresentam dificuldades na sua implementação, alusivas à escola, ao currículo, à criança e ao próprio professor. Por fim, propusemos dois possíveis desafios que podem vir a melhorar a qualidade de ensino das Expressões, sendo eles melhorar a formação contínua e (re)pensar a coadjuvação e cooperação entre professores generalistas e especialistas na escola.