Corrupção Política e Engajamento Partidário: Evidências do Brasil

In long-standing democracies, the partisan attachments of most citizens are stable and not responsive to short-term political events. Recent studies from younger democracies, however, suggest that partisanship may be more malleable in these contexts. In this paper we develop hypotheses about how political corruption might affect voter attachment to the parties of corrupt officials or to the party system as a whole. Using data from an original survey experiment in Brazil, we show that prompts about political corruption shift patterns of partisan attachment for highly educated respondents – specifically, that corruption associated with one political party reduces nonpartisanship and significantly increases identification with other political parties. In contrast, we find that information on corruption has no consistent measurable effect on partisanship for less educated respondents. We conclude by discussing the implications of malleable partisanship for democratic accountability.Em democracias consolidadas, as afiliações partidárias da maior parte dos cidadãos são estáveis e não são afetadas por eventos políticos de curto prazo. No entanto, pesquisas recentes em democracias jovens sugerem que a adesão partidária pode ser mais volúvel nesses contextos. No presente estudo, desenvolvemos hipóteses sobre como a corrupção política pode afetar a afiliação do eleitor aos partidos dos agentes políticos corruptos ou ao sistema partidário por inteiro. Com base em dados colhidos em pesquisa original feita no Brasil, demonstra-mos que perguntas com cenários de corrupção política mudam os padrões de afiliação partidária dos entrevistados com maior nível de escolaridade. Especificamente, coletamos evidências de que corrupção associada a um partido reduz o apartidarismo e aumenta significativamente a identificação com outros partidos políticos. Por outro lado, concluímos que informações sobre corrupção não têm um efeito mensurável consistente na adesão partidária dos entrevistados com menos educação. Ao final, discutimos sobre as implicações de um partidarismo mais maleável na accountability democrática