A AUDITORIA EXTERNA E INTERNA COMO INSTRUMENTO DE AUXÍLIO À GESTÃO: ESTUDO NO DISTRITO DE BRAGA

A corrida, por parte das organizações, aos mercados financeiros, leva a que haja cada vez mais necessidade de informações financeiras verdadeiras, que espelhem a realidade e sejam tempestivas. A competitividade das organizações, decorre de diferentes fatores, sendo um deles, a informação transmitida aos stakeholders. É de referir, com particular importância, que se essa informação não chegar, de forma atempada e correta, aos destinatários isso vai provocar um impacto negativo na gestão da organização e, consequentemente, nos resultados desta. A Auditoria fomenta um controlo mais amplo da organização, dado que de modo geral, examina os controlos contabilísticos, financeiros e operacionais, promovendo um controlo mais eficaz da entidade. Além disso, verifica a fiabilidade da informação disponibilizada nas diversas áreas da organização, avalia a qualidade da execução das responsabilidades atribuídas ao pessoal da empresa e, por fim, faz recomendações com vista a melhorias. Face ao exposto, com a presente dissertação pretende-se aferir a perceção dos gestores de topo sobre a Auditoria, Interna e Externa, como instrumento de apoio à tomada das suas decisões. Concretamente, pretende-se determinar se a Auditoria, Interna e Externa1, pode auxiliar os processos de gestão de uma organização e de que forma esse auxílio é prestado. Caso não exista Auditoria interna, este estudo pretende, também, determinar o motivo de tal inexistência. Para o efeito, foi elaborado um inquérito por questionário, criado de raiz com base na revisão de literatura. O referido questionário foi enviado através da plataforma Survey Monkey a todas as Sociedades Anónimas existentes no Distrito de Braga, em 2016, que perfazem 429. Foram obtidas 66 respostas, perfazendo uma taxa de resposta de 15,38%. Corroborando a revisão da literatura, o estudo revelou que a gestão de topo das organizações usa a Auditoria, Externa e Interna, como ferramenta de gestão para a tomada das suas decisões. Confirmou-se, também, que a gestão de topo apoia a Auditoria Interna. Também se apurou que o motivo principal para a inexistência da Auditoria Interna, é de não ter sido diagnosticada a necessidade da sua existência. Esta dissertação é inovadora, não só pelo questionário que apresenta, mas pelo facto de realizar, pela primeira vez, em Portugal, um estudo sobre a trilogia da Auditoria Externa, Auditoria Interna e Gestão. Além disso, o conhecimento aqui transmitido poderá servir para a melhoria da tomada de decisões das organizações e abrir portas para outras investigações possam surgir nesta área do conhecimento