Boas práticas de regulamentação e responsabilidade social, uma proposta para o século XXI

15 p.Com o esgotamento do modelo comunista no fim do século XX, o capitalismo, triunfante, cruzou novas fronteiras, alcançando lugares onde jamais havia prosperado. Deste movimento, surgiu a necessidade de um novo equilíbrio entre os Estados Naccionais e as Corporações Transnacionais. Hoje, em decorrência do avanço tecnológico, da integração das cadeias produtivas e da desterritorialização do capital, não se pode mais almejar ao retorno do status quo pré-colapso comunista. ıDe um lado, o Estado Nacional busca defender seus interesses. A regulamentação técnica é um exemplo bastante eloqüente deste novo modus operandi, pois o agente público anda no fio da navalha ao buscar conciliar os princípios do livre mercado com os objetivos legítimos para a regulamentação, que se constituem, inter alia:imperativos de segurança nacional; a prevenção de práticas enganosas; a proteção da saúde ou segurança humana, da saúde ou vida animal ou vegetal, e do meio ambiente. ıDe outro lado, prosperam as grandes Companhias Transnacionais, apoiadas no modelo pós-fordista de produção, na desterritorialização do capital e em uma produção global de bens e serviços, tentando atender o desejo de consumidores que pertencem a diversas unidades socioculturais e político-econômicas. Cada vez mais, existe a necessidade destas Companhias adotarem códigos de conduta fundamentados em princípios de Responsabilidade Social, melhorando sua imagem perante estes novos consumidores. ıAs corporações transnacionais operam em um ambiente co-habitado por outras agências interessadas em supranacionalismo e que têm funções importantes na economia política do presente. Entre elas estão novas (e não tão novas) entidades com diferentes graus de institucionalização e poder. Incluem o G-8, o Clube de Paris, bancos regionais e multilaterais (Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, dentre outros), agências e organizações multilaterais (Organização das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional,Organização Mundial do Comércio, dentre outras), blocos econômicos e políticos como a União Européia, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) e o Mercosul. As lutas e os dramas políticos dessas entidades desenrolam-se em diferentes loci, como, por exemplo, suas sedes mundiais, parlamentos nacionais, conferências internacionais/globais e por meio da mídia. ıAssim nasce a proposta de uma nova Governança para o século XXI: “a soma das diferentes maneiras pelas quais os indivíduos e instituições, públicas e privadas, geram seus assuntos comuns. É um processo contínuo de cooperação e de acomodação entre interesses diversos e confli