Sexuality and gender according to educators of science and biology: limits, resistances and possibilities of sex education in school

Sexual education in schools is usually based only on a biological and technicist bias, which leads to universalizing and essentialising visions about sexuality and gender. For this research were interviewed the educators of the disciplines of Sciences and Biology of public schools of Sorocaba - SP, considering that these professionals are considered the holders of the discourse authorized for curricular contents about the body. However, these are issues that also encompass social, historical and cultural points of view. The research has a qualitative character and from semi-structured interviews, using the concepts of discursive practices in Bakhtinian conceptions, we seek to understand the different discourses of the subjects of the research on sexuality and gender in the teaching of sciences and biology, understanding that such discourses are not individual but collective; socially constructed. We seek to identify in which theoretical-methodological perspectives educators guide their pedagogical practices and which approaches they consider pertinent for the teaching of sex education in their disciplines. We observe that there are several devices that act on sexual education, among them, religious and moral values and beliefs about sexuality and gender are significant. The values that the school management and students possess work as a coping to be addressed by some education professionals. Also, the absence of training was pointed out in the interviews, mainly in relation to sex education in addition to the medical-biological discourse, which causes anguish those interviewees who feel the need for a more plural approach. Therefore, in the midst of such difficulties, we perceive strategies and actions built by the educators for dialogical approaches, project realizations and activities that consider the theme in a broad and democratic way.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)A educação sexual nas escolas pauta-se, geralmente, em viés biologizante e tecnicista, o que pode acarretar visões universalizantes e essencializadoras sobre sexualidade e gênero. Para essa pesquisa foram entrevistadas educadoras das disciplinas de Ciências e Biologia de escolas públicas de Sorocaba – SP, tendo em vista que, são essas profissionais consideradas detentoras do discurso autorizado para conteúdos curriculares sobre o corpo. No entanto, essas são questões que abarcam também pontos de vista social, histórico e cultural. A pesquisa possui caráter qualitativo e a partir de entrevistas semiestruturadas, utilizando-se dos conceitos de práticas discursivas em concepções bakhtinianas, buscamos entender os diferentes discursos das sujeitas de pesquisa sobre sexualidade e gênero no ensino de ciências e biologia, entendendo que tais discursos não são individuais, mas coletivos; construídos socialmente. Buscamos perceber em quais perspectivas teórico-metodológicas as educadoras pautam suas práticas e quais abordagens consideram pertinentes para o ensino de educação sexual em suas disciplinas. Observamos que há diversos dispositivos que atuam sobre a educação sexual, entre estes, os valores e convicções de ordem religiosa e moral sobre sexualidade e gênero são significativos. Os valores que a gestão escolar e alunas e alunos possuem funcionam como enfrentamento a ser lidado por algumas profissionais da educação. Ainda, a ausência de formação foi apontada nas entrevistas, principalmente em relação à educação sexual para além do discurso médico-biológico, o que causa angústia para as entrevistadas que sentem a necessidade de uma abordagem plural. Em visto disso, em meio a tais dificuldades, percebemos estratégias e ações construídas pelas educadoras para abordagens dialógicas, realizações de projetos e atividades que consideram a temática de modo mais amplo e democrático.1774373170266