Sex education: teaching pratices in Science classes in scholls of Votorantim Regional School Departament, São Paulo state

The way sexuality manifests itself is the product of a social, historical and cultural process, which goes beyond the biological dimension and it is evident in society through behaviors, attitudes and norms. During adolescence, when the values of an individual are consolidated, sexuality is strongly influenced by the media through the several possibilities of accessing information and dynamisms of social networks. Teaching and learning about sexuality, a process herein called Sexuality Education / SE, is a duty of various segments of society and mainly of educational institutions as they have an intentional and systematic duty of fully forming an individual. Therefore, SE taught in schools should preferably promote the students' autonomy under an emancipatory perspective, so they can fully enjoy their sexuality. With the aim of knowing and analyzing SE pedagogical practices adopted by Science teachers and checking how continuing education interferes in their conceptions and attitudes in Science classes, a quantitative and qualitative research was conducted with a group of teachers from the Educational Board of Votorantim / SP. Acting as continuing education teacher, the researcher sat in the classes and suggested continuing education meetings (Technical Guidelines / TG). In order to answer the research questions, an exploratory study was carried out with a questionnaire for 23 Science teachers to answer. Later, interviews with 7 of these teachers were held in order to obtain data for the research. The data was analyzed based on categories defined by descriptors and having the analysis of the discourse as reference. On the other hand, the same syllabus that limits also legitimates the teachers' proposals regarding their difficulties. Teachers who participated in this research reported in their speeches and practices biological-hygienic and/or moral-traditionalist approaches that are not consistent with an emancipatory approach. Based on the results of this research, it is suggested that the SE can be extended to other grades and that teachers' continuing education must be stimulated in order to encourage their moral position to be able to face their pedagogical challenges.OutraO modo como a sexualidade se manifesta é produto de um processo social, histórico e cultural, que extrapola a dimensão biológica e se evidencia na sociedade por meio de comportamentos, atitudes e normas. Na adolescência, quando se consolidam valores do indivíduo, a sexualidade é fortemente influenciada pela mídia em suas múltiplas possibilidades de acesso às informações e dinamismo das redes sociais. Ensinar e aprender sobre sexualidade, processo que aqui denominamos Educação Sexual/ES, é uma tarefa dos vários segmentos da sociedade e, sobretudo, das instituições de ensino, em sua tarefa intencional e sistematizada de formar integralmente o indivíduo. Para tanto, é desejável que a ES abordada na escola promova a autonomia do educando, numa perspectiva emancipatória, de modo que este possa usufruir plenamente de sua sexualidade. Com o objetivo de conhecer e analisar as práticas pedagógicas em ES, realizadas por professores de Ciências e verificar em que medida a formação continuada interfere em suas concepções e ações nas aulas, foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa junto a um grupo de professores da Diretoria de Ensino de Votorantim/SP, onde a pesquisadora atuou como formadora docente, acompanhando aulas e propondo encontros formativos (Orientações Técnicas/OT) para formação continuada. Para responder as perguntas da pesquisa, foi realizado um estudo exploratório com aplicação de um questionário para 23 professores de Ciências; posteriormente, para obtenção dos dados, foi realizada uma entrevista com 7 desses professores. A análise dos dados foi realizada por meio de categorias definidas a partir de descritores, tendo como referência a análise do discurso. Observou-se que, quando se trata de ES, os docentes conhecem as demandas da comunidade escolar, têm interesse em atender as necessidades formativas dos alunos, reconhecendo que há precocidade na iniciação sexual; no entanto, apresentam dificuldades em enfrentar críticas, tabus, medos e preconceitos e em estender a temática para adolescentes mais novos, visto que não encontram respaldo no Currículo Oficial de Ciências. Por outro lado, o mesmo Currículo que limita, também legitima as propostas dos professores frente às suas dificuldades. Os participantes da pesquisa expressaram, em seus discursos e práticas, abordagens biológico-higienista e/ou moraltradicionalista, que não condizem com uma abordagem emancipatória. Com os resultados dessa pesquisa, propõe-se uma revisão curricular para que a ES se estenda aos outros anos do Ensino Fundamental e a formação continuada efetiva para subsidiar os professores, fortalecendo-os frente aos desafios pedagógicos que a temática impõe