Incapacidade para o trabalho na depressão

Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel, no Curso de Medicina, da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESCObjetivo: Avaliar o perfil dos beneficiários em auxílio doença por episódio ou transtorno depressivo, bem como apresentar o desfecho dos mesmos perante a Unidade do Instituto Nacional do Seguro Social da macrorregião de Criciúma. Métodos: O estudo foi realizado a partir de dados obtidos via portal do Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão - protocolo 37400.005825/2017-74, da Gerência Executiva do Instituto Nacional do Seguro Social de Criciúma/SC. Foram selecionados 343 indivíduos no período de um ano. Após, houve verificação de novas concessões de benefícios pelo período de seis anos, até setembro de 2017. Resultados: O episódio depressivo leve foi o transtorno mais prevalente a gerar benefício por incapacidade. A média de idade foi de 42 anos, com predominância do sexo feminino, 76%. Receberam pelo menos um novo benefício por incapacidade 56% dos beneficiários. Entre as principais causas estavam os transtornos mentais (43%). A duração dos novos benefícios foi significativamente maior. Conclusão: O perfil típico é uma mulher, de 42 anos de idade, empregada, com renda de um a dois salários mínimos, com baixo grau de instrução, que se afasta do trabalho por Episódio Depressivo Leve. A idade mais elevada foi fator de risco para recebimento de novo benefício por incapacidade. Os benefícios qualificados como de maior gravidade e os benefícios posteriores ao primeiro recebido, tiveram a duração maior. Diante da relevância da depressão na saúde do trabalhador, espera-se que o presente estudo contribua através do conhecimento gerado e estimule novas pesquisas nesta área