Prevalência dos transtornos mentais em portadores de epilepsia atendidos num ambulatório universitário de neurologia, entre o período de 2013 a 2014.

Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel, no Curso de Medicina, da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESCA epilepsia é a mais prevalente doença neurológica crônica, acometendo 1% da população. Foi delineado um estudo descritivo, observacional, retrospectivo, documental com coleta de dados secundários em prontuários de pacientes em seguimento no ambulatório de neurologia em Criciúma/SC, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Foram rastreados 428 prontuários dentre os quais 55 (14,36%) apresentaram diagnóstico comprovado de epilepsia. A coleta de dados foi realizada por análise de prontuários. O perfil da amostra revelou idade média de 40,80 anos, sendo a idade mínima de 18 anos e a máxima de 73 anos, com predomínio do sexo feminino, ensino fundamental incompleto, ausência de atividade laboral, católicos, não uso de substâncias psicoativas com intuito recreativo, tempo de diagnóstico de epilepsia inferior a 10 anos e equivalência de união estável e divorciados. Em relação à presença ou não de transtorno mental associado, o estudo encontrou 38,2% dos pesquisados com diagnóstico de epilepsia, 27,3% apresentaram comorbidade com transtorno mental e 34,5% com diagnóstico de epilepsia e, embora sem diagnóstico firmado para transtorno mental, faziam uso de psicofármacos associados aos medicamentos para a doença de base. Verificou-se que a amostra estudada apresentou uma prevalência de transtorno mentais em portadores de epilepsia semelhante aos dados obtidos da literatura