Tratamento com inibidor de beta-secretase reduz deposição de peptídeo AB e promove reversão de dano cognitivo em ratos sépticos

Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel, no Curso de Medicina, da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESCObjetivo: Determinar a via de formação do peptídeo Aβ e sua relevância no desenvolvimento de alterações cognitivas em modelo animal de sepse. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar machos adultos. A sepse foi induzida por ligação e perfuração cecal. Posteriormente, as atividades de secretases alfa, beta e gamma foram determinadas no hipocampo e no córtex pré-frontal em diferentes momentos (24 horas, 72 horas, 10 dias e 30 dias). Ademais, os animais foram tratados com 1 μg de inibidor de beta secretase nos 7, 8 e 9 dias após a indução de sepse. Foi realizado western blotting para avaliação dos níveis de beta amilóide e os animais foram expostos a testes comportamentais 15 e 30 dias após a etapa inicial. Resultados: Não houve aumento significativo da alfa secretase em relação ao grupo controle. Já as enzimas beta e gamma secretases tiveram um aumento significativo de suas atividades, quando comparadas ao grupo controle. Em relação ao peptídeo beta amilóide os grupos tratados com inibidores de beta secretase mostraram redução na deposição do peptídeo em ambas as estruturas avaliadas (córtex pré-frontal e hipocampo). A análise comportamental mostrou que os animais do grupo CLP apresentaram prejuízo na memória aversiva quando comparados ao grupo controle. Por outro lado, quando tratados com inibidor da beta secretase, houve aumento no tempo de latência na plataforma. Conclusão: Inibição da beta-secretase, enzima proteolítica da via amiloidogênica, promove redução na deposição de peptídeo AB em estruturas cerebrais e melhora no aprendizado e memória em ratos submetidos à sepse