Quando a vida ensina a ser resiliente: um estudo sobre mulheres vítimas de violência no município de João Pessoa- PB

The present study is inserted in the debate on violence against women and the development of their capacity to release of this situation of oppression. The research aimed to understand the resilience capacity of women victims of domestic violence attended by the Women's Reference Center in the city of João Pessoa-PB. Violence against women was considered in this study a phenomenon present in all areas of society, independent of social classes, constituting a structural factor that emerges from a historical construction of models of society that subalternates the feminine condition. The resilience concept is understood as an individual capacity to confront and re-signify adverse situations in view of subjective well-being. It is configured, therefore, as a capacity learned within a complex and dynamic social processes that mobilize resistance to the destruction of Being and the strengthening of the person. It was registered in this study that resilience is triggered in the process of violence experienced by women and is shown as indispensable for coping with it, also the emotions of surprise, fear and anger. This is a qualitative research of phenomenological nature, conducted through guided interviews with women victims of violence. The research highlighted the interlocutions of Gonsalves (2015), Beauvoir (1980), Bisquerra (2000), Libâneo (2001), Mira y López (2012) Atanné (2011), Treiner (2011), Saffioti (1976) and Freire (1979). At the end of the research it was possible to affirm that when facing situations of violence, the woman develops the resilient capacity, allied with the emotions of surprise, fear and anger. Such emotions contribute to coping the situation of oppression, activating subjective internal mechanisms of emotional order that collaborate so that the woman became the protagonist of her life, promoting the social changes that guarantee their release, consequently, a significant improvement in women quality of life.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESO presente estudo está inserido no debate sobre a violência contra a mulher e o desenvolvimento da sua capacidade de libertação dessa situação de opressão. A pesquisa buscou compreender a capacidade de resiliência de mulheres vítimas de violência doméstica e que foram atendidas pelo Centro de Referência da Mulher (CRM) no Município de João Pessoa-PB. A violência contra a mulher foi considerada neste estudo um fenômeno presente em todos os espaços da sociedade, independente de classes sociais, constituindo-se um fator estrutural que emerge de uma construção histórica de modelos de sociedade que subalternizam a condição feminina. O conceito de resiliência é compreendido como uma capacidade individual de enfrentamento e ressignificação de situações adversas tendo em vista o bem estar subjetivo. Configurase, portanto, como uma capacidade aprendida no interior de processos sociais complexos e dinâmicos, que mobilizam a resistência à destruição do Ser e o fortalecimento da pessoa. Registrou-se neste estudo que a resiliência é desencadeada no processo de violência vivenciado pelas mulheres e mostra-se como indispensável para o enfrentamento da mesma, assim como as emoções da surpresa, do medo e da raiva. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho fenomenológico, realizada através de entrevistas guiadas com mulheres vítimas de violência. A pesquisa destacou interlocuções de Gonsalves (2015), Beauvoir (1980), Bisquerra (2000), Libâneo (2001), Mira y López (2012) Atanné (2011), Treiner (2011), Saffioti (1976) e Freire (1979). Ao final da pesquisa pode-se afirmar que diante da situação de violência a mulher desenvolve a capacidade resiliente, aliada às emoções da surpresa, do medo e da raiva. Tais emoções contribuem para o enfrentamento da situação de opressão, acionando mecanismos internos subjetivos de ordem emocional que colaboram para que a mulher assuma a função de protagonista de sua vida, promovendo as mudanças sociais que garantam sua libertação, consequentemente, uma melhoria significativa na sua qualidade de vida