Representação de Augusto dos Anjos nos jornais do início do Século XX (1908-1914)

This study proposes to examine the image of the poet Augusto dos Anjos in such early 20th century (1908-1914) newspapers and magazines as A Época, O Paiz, A Pacotilha, and the Correio da Manhã, analysing his portrayal by the press both before and after the publication of what would be his only book, Eu (1912). While also considering other authors, to provide its principal theoretical sources the study will concentrate on the following: Amorim (1909), Netto (1910), Oiticica (1912), Estrada (1912), Silva (1912), Aranha (2006), and Barbosa (2007). This research uncovered sufficiently different opinions not only regarding dos Anjos’s poetry, but also as regards its public impact at that time. It particularly recognizes how dos Anjos was treated by his critics before his 1910 trip to Rio de Janeiro, which was intended to secure his greater visibility in the artistic and cultural scene prior to the publication of his book Eu in 1912. Similarly, it was possible to appreciate both how opinions regarding his poetry became subject to change – especially after his death in November 1914 – as well as how critics studied his writings to understand better his original and very distinctive way of constructing his poetry as a Paraibian poet.O presente trabalho tem como proposta o estudo da representação do poeta Augusto dos Anjos nos jornais e periódicos do início do século XX, tais como A Época, O Paiz, A Pacotilha e o Correio da Manhã, compreendendo o período de 1908 até 1914, analisando de que forma o poeta era retratado pela imprensa antes e depois da publicação daquele que viera a ser o seu único livro, Eu (1912). Os principais autores que serviram de suporte teórico para a nossa pesquisa foram Amorim (1909), Netto (1910), Oiticica (1912), Estrada (1912), Silva (1912), Aranha (2006), Barbosa (2007), dentre outros. Por meio de nossa pesquisa nos deparamos com opiniões bastante distintas em relação à poética de Augusto dos Anjos e os efeitos causados por ela no público de seu tempo. Ademais, pudemos enxergar como era Augusto dos Anjos tratado pela crítica ainda antes de viajar para o Rio de Janeiro em 1910 para obter maior visibilidade, no cenário artístico e literário, por meio da publicação do livro Eu em 1912. Mais que isso, também nos foi possível verificar como as opiniões a respeito da poética de Augusto dos Anjos foram se transfigurando, principalmente, depois de sua morte em novembro de 1914, e como a crítica se debruçou sobre seus escritos a fim de melhor compreender a maneira original e tão distinta com que o poeta paraibano construía sua poética