Dysfunctional families and school difficulties : sections about the (re) production of exclusion

Orientador: Ana ArchangeloDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de EducaçãoResumo: Aborda-se neste estudo a exclusão (re) produzida na e pela escola, destacando-se um discurso comumente repetido no ambiente escolar sobre "famílias desestruturadas". Na pesquisa estudam-se casos ocorridos em uma escola de uma cidade do interior de São Paulo, que evidenciam os processos excludentes referidos às famílias dos alunos. O ponto de partida desta investigação foi a análise dos protocolos de encaminhamentos de alunos, realizados pelos professores, ao setor de Psicologia Escolar. Selecionou-se para entrevista professores que, em seus relatos, atribuíam à família as causas dos problemas escolares. Analisa-se também o projeto político-pedagógico de uma escola, visto que continha uma discussão explícita sobre o tema deste trabalho. No confronto entre os protocolos e as entrevistas, percebeu-se que os processos excludentes nem sempre surgiam nítidos nos supostos discursos preconceituosos, tanto escritos quanto orais, mas também estavam velados sob o emudecimento do não dito. Em virtude disso, a análise do material coletado contou com a contribuição da psicanálise. Para a compreensão desse fenômeno, também foi necessário um embasamento na psicologia sócio-histórica, pois muitos casos comportam exclusões (re) produzidas por manifestações preconceituosas, utilizadas como justificativa para a indiferença às desigualdades. Nessa análise, privilegiaram-se os papéis da escola e da família como instituições sociais, formadoras da personalidade e corresponsáveis pela socialização dos indivíduos. Mostra-se, ainda, parte das mudanças ocorridas na escola e na família ao longo dos anos, as tensões existentes entre ambas e a forma como tais tensões podem ser produto e produtoras das relações marcadas pela exclusão e pelo preconceito da escola em relação a determinadas famíliasAbstract: The content of this study the exclusion (re) produced in and by the school, focusing on the speech commonly repeated in the school¿s environment about "dysfunctional families". In this survey are studied cases related to a country town in São Paulo, representing process of exclusions referred to the families of students. The initial investigation was the analysis of students referrals protocols, performed by teachers to the school psychology sector. Were selected to interview teachers who, in their reports, attributed to the family the causes of school problems. It also analyses the political pedagogical project of one school, as it contained an explicit discussion about the topic of this work. In the comparison between protocols and interviews, it was noticed that the exclusionary processes arose not always clear in the alleged prejudiced speeches, both written and oral, but they were also veiled under muting of the unsaid. As a result, the analyses of the collected material included the contribution of psychoanalysis. To understand this phenomenon, it was also necessary a grounding in socio-historical psychology, because many cases involve exclusions (re) produced by prejudice manifestations, used as justification for indifference to inequality. In this analysis was preference the school and the family roles as social institutions, personality formatives and partners in responsibility for socialization of individuals. It is also shown part of the changes in the school and in the family over the years, the tensions between them and how these tensions can be product and production of the relations marked by exclusion and prejudices of the school towards certain familiesMestradoPsicologia EducacionalMestra em Educaçã