Visão crítica da tributação no Brasil sob ótica da justiça fiscal

O Direito, influenciado por diversos aspectos (sociais, econômicos, políticos), vem assumindo várias feições e objetivos neste Século XXI. Apesar de todos os enfoques, jamais pode-se perder de vista sua finalidade última, que é a justiça. É nesse sentido que se deve estar estruturado o Sistema Tributário Nacional, colocando em evidência o princípio da igualdade, entendido como expressão máxima da justiça em matéria tributária. Este sobreprincípio necessita amoldar-se à necessidade estatal de auferir recursos para manter uma agenda positiva de prestação de serviços à população. A igualdade, enquanto finalidade última do Direito Tributário, concretiza-se por meio do princípio da capacidade contributiva, que deve ter um conceito amplo e central; cabendo restrições unicamente quando seus demais subprincípios entram em evidência, como a pessoalidade, seletividade, proporcionalidade e progressividade. Assim é que se perfaz a Justiça Fiscal. Analisando-se a realidade da tributação, constata-se uma série de desconcertos, especialmente a regressividade do sistema em razão dos tributos indiretos. A violação à seletividade, progressividade, a concessão de privilégios fiscais, a quebra da confiança, entre outros elementos, auxilia em grande medida a colocar o Brasil como destaque mundial na questão da desigualdade de renda/social. A necessidade de reforma mostra-se evidente, porém, após mais de 50 anos do atual modelo de tributação, nenhuma reforma consistente foi efetivamente realizada. A justificativa adviria da influência de grupos de interesse na esfera política, que manipularia o sistema para a manutenção do status. Essa premissa é verdadeira, mas não suficiente em si para justificar a perenidade de um modelo injusto. Uma justificativa plausível surge então na economia comportamental, que está devidamente alinhada como o objetivo do Direito. O conformismo dos contribuintes, a aversão à perda, a ancoragem, entre outras heurísticas, apontam para os reais motivos da perpetuidade da tributação regressiva no Brasil. E, conhecendo o comportamento do ser humano, cabe ao Direito introduzir medidas que visem mitigar as limitações naturais do Homem, especialmente em matéria tributária, sempre pautado pela busca da redução da desigualdade social.Law System, influenced by several aspects (social, economic, political), has assumed several features and objectives in this 21st Century. In spite of all focuses, you can never lose sight of your ultimate purpose, which is justice. In this sense the National Tax System must be structured, highlighting the principle of equality, understood as the maximum expression of tax justice. This overprinciple needs to conform to the State's need for resources to maintain a positive agenda for the population. Equality, as the ultimate purpose of Tax Law, is embodied through the principle of hability do pay taxes, which must have a broad and central concept, whose constraints are only possible when in accordance with their other subprinciples, such as personality, selectivity, proportionality, progressiveness. This is what makes the Tax Justice in the Brazilian scenario. But, analyzing the reality of the taxation, several taxations disconcerts are verified, with a huge regressively system specially because the indirect taxes. The violation of selectivity, progressiveness, the granting of fiscal privileges, the breach of trust, among other elements, greatly helps to place Brazil as a worldwide highlight in the income inequality. The need for reform is evident, however, after more than 50 years of the current taxation model, no ‘consistent reform has actually been carried out. The justification would come from the influence of interest groups in the political scene, which would manipulate the system for their status. This premise is true, but not sufficient in itself to justify the perennially of an unjust model. A plausible justification then arises in the behavioral economy, which is aligned as the goal of considering the human being as the ultimate foundation. Taxpayers' conformism, aversion to loss, anchoring, among other heuristics, points to the real reasons for the perpetuity of regressive taxation in Brazil. And knowing the behavior of the human being, it is up to the Law to introduce measures that aim to mitigate the natural limitations of Man, especially in the tax system, always guided by the search for the reduction of social inequality.Il sistema giuridico, influenzato da vari aspetti (sociale, economico, politico), ha assunto varie caratteristiche e obiettivi in questo ventunesimo secolo. Nonostante tutti i punti di forza, non si può mai perdere di vista il tuo scopo ultimo, che è la giustizia. In questo senso il sistema fiscale nazionale deve essere strutturato, evidenziando il principio dell'uguaglianza, inteso come espressione massima della giustizia tributaria. Questo overprinciple deve conformarsi alla necessità di risorse del Paese per mantenere un programma positivo per la popolazione. L'uguaglianza, quale scopo ultimo della legge tributaria, è incarnata nel principio dell'hability che paga le tasse, che devono avere un concetto largo e centrale, i cui vincoli sono possibili solo in conformità con le loro altre subprinciple, quali personalità, selettività, proporzionalità, Pprogressività. Questo è ciò che rende la giustizia fiscale nello scenario brasiliano. Ma, analizzando la realtà della tassazione, vengono verificate diverse sconfitte fiscali, con un enorme sistema di regressione specialmente perché le imposte indirette. La violazione della selettività, della progressività, della concessione di privilegi fiscali, della violazione della fiducia, tra gli altri elementi, contribuisce notevolmente a mettere il Brasile come un punto di riferimento mondiale nella disuguaglianza dei redditi. La necessità di riforme è evidente, tuttavia, dopo più di 50 anni dell'attuale modello di imposizione, non è stata effettivamente realizzata una riforma coerente. La giustificazione sarebbe derivata dall'influenza di gruppi di interesse nella scena politica, che avrebbe manipolato il sistema per il loro status. Questa premessa è vera, ma non è sufficiente a giustificare perennemente un modello ingiusto. Una giustificazione plausibile sorge allora nell'economia comportamentale, che è allineata come obiettivo di considerare l'essere umano come fondamento ultimo. Il conformismo dei contribuenti, l'avversione alla perdita, l'ancoraggio, tra le altre euristiche, indica le ragioni reali della perpetua tassazione regressiva in Brasile. E conoscendo il comportamento dell'essere umano, è alla legge adottare misure volte a mitigare le limitazioni naturali dell'uomo, specialmente nel sistema fiscale, sempre guidate dalla ricerca della riduzione della disuguaglianza sociale.Universidade Presbiteriana Mackenzi