A personagem na dramaturgia de Plínio Marcos

O presente trabalho estuda a dramaturgia por meio da investigação e da análise, abordando inicialmente as encenações na antiga Grécia e as influências destas no teatro renascentista. Neste último, aparece o denominado drama moderno, que resultou das novas concepções dramatúrgicas surgidas a partir do século XVI, desenvolvendo-se no decorrer de outras épocas e servindo como referência às artes cênicas da modernidade. Com base nessas primeiras reflexões, centra-se a seguir no contexto nacional contemporâneo, ao tratar da obra teatral de Plínio Marcos, dramaturgo que inovou o teatro brasileiro ao expor nos palcos o cotidiano e a linguagem de sujeitos marginalizados socialmente, tornando-se, portanto, um dos escritores mais censurados de seu tempo. Desse modo, esta pesquisa passa ao estudo crítico de três peças do referido autor: Dois perdidos numa noite suja (1966), Navalha na carne (1967) e O abajur lilás (1969), com a proposta de lançar luz sobre aspectos específicos das ações e das relações estabelecidas entre os seres ficcionais em cada um dos mencionados textos teatrais. A autoconsciência na relação eu-outro dessas personagens é o enfoque basilar que se pretende realizar das mesmas, uma vez que tal procedimento é revelador do caráter e dos pontos de vista do ser ficcional no seu contato com os demais indivíduos. Além disso, notamse a marginalidade e a realidade inóspita dos seres plinianos como elementos cruciais nas peças teatrais em questão, em que se evidenciam temas universais, tais como violência, preconceito e prostituição, considerados pelos mais conservadores como tabus, mas que devem ser vistos como mazelas que afligem toda sociedade. Entretanto, na dramaturgia marginal de Plínio Marcos, o que resta apenas para suas personagens é a preservação da aparência física, moral ou social e dos interesses pessoais, como superação dos próprios problemas e do caos em que vivem, o que revela uma condição humana fadada ao egoísmo, à criminalidade ou à solidão.El presente trabajo estudia la dramaturgia por médio de la investigación y del análisis. Aborda inicialmente las escenificaciones en la Antigua Grecia y las influencias de éstas en el teatro renacentista. En este último, surge el denominado drama moderno, que ha resultado de las nuevas concepciones dramatúrgicas surgidas a partir del siglo XVI, se desarrolla com el transcurso de otras épocas y sirve como referencia a las artes escénicas de la Modernidad. Sobre la base de esas primeiras reflexiones, se centra a seguir en el contexto nacional contemporáneo, al tratar de la obra de Plínio Marcos, dramaturgo que ha innovado el teatro brasileño al exponer en los escenarios la vida cotidiana y el lenguaje de los individuos marginados socialmente. El autor se convierte, por lo tanto, uno de los escritores más censurados de su tiempo. De esa manera, esta investigación pasa al estudio crítico de tres piezas del referido autor: Dois perdidos numa noite suja (1966), Navalha na carne (1967) y O abajur lilás (1969), con la propuesta de aclarar los aspectos específicos de las acciones y relaciones establecidas entre los seres ficcionales en cada uno de los dichos textos teatrales. La autoconciencia en la relación yo-otro de esos personajes es el enfoque de base que se pretende realizar de los mismos. Una vez que tal procedimiento es revelador de carácter y de los puntos de vista del ser ficcional en su contacto con los demás individuos. Además, se notan la marginalidad y la realidad inhóspita de los seres plinianos como elementos cruciales en las piezas teatrales en cuestión, en que se evidencian temas universales, tales como violencia, prejuicio y prostitución, considerados por los más diversos conservadores como tabu, pero deben ser vistos como enfermedades que angustian toda sociedad. Sin embargo, en la dramaturgia marginal de Plínio Marcos, lo que queda solamente para sus personajes es la preservación de la apariencia física, moral o social y de los intereses personales, como superación de los proprios problemas y del caos en que viven, lo que revela la condición humana condenada al egoísmo, a la criminalidad o a la soledad