Direito e Psicologia: duas faces de Jano?

O presente texto aborda a temática da interface entre as áreas do conhecimento Direito e Psicologia, especialmente no que tange a importância de um trabalho com característica interdisciplinar. Pautando-se na metáfora das faces do deus Jano, cuja origem é indoeuropéia, o texto tem como objetivo refletir a respeito da relevância dessa parceria na medida em que os impasses e conflitos com os quais o sistema de justiça tem que se a ver, apresentam relação direta com aspectos da condição humana que envolve sua subjetividade. O aumento da judicialização nas relações humanas tem indicado a necessidade desse duplo olhar para as demandas em questão. A proposta que aqui se apresenta, justifica-se pela complexidade das problemáticas que se anunciam ao sistema de justiça, entendendo que a objetividade característica dos estudos do campo do direito e a subjetividade idiossincrática nas realidades humanas quando concebidas como complementares podem ensejar uma parceria de grande relevância social