Práticas de interação e seus processos de aprendizagem coletivos em uma cooperativa popular

A aprendizagem tem sido alvo de discussões frequentes nos meios acadêmicos. Assim, este artigo tem por objetivo analisar práticas sociais coletivas e suas possibilidades de aprendizagem expansiva sob a perspectiva da Teoria da Atividade Histórico-Cultural (Engeström, 2001). Teve-se como pressuposto que o ambiente cooperativo, dada algumas condições, possibilita a aprendizagem coletiva levando os indivíduos a construírem uma nova realidade. Na busca de compreensão desse fenômeno, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória. Partiu-se de uma revisão bibliográfica e documental utilizando como técnicas de coleta de dados de observação e entrevista em profundidade. Para analisar o caso empírico utilizou-se a história oral. Os resultados permitiram reconhecer a importância das relações sociais da cooperativa, da historicidade, da existência de multivozes, das (con)tradições, bem como das mediações culturais. Percebeu-se que os cooperados são capazes de expandir os ensinamentos recebidos pela incubadora, adaptando esses ensinamentos a suas realidades e desenvolvendo novas práticas. Constatou-se, entretanto, que essas novas práticas não foram suficientes para a conquista da autonomia da cooperativa