Visões sobre argumentação de professores formadores de um Curso de Licenciatura em Física

Cada vez mais pesquisas apontam que a argumentação é uma prática que auxilia de forma significativa no processo de aprendizagem do estudante. Vários documentos oficiais apontam para a necessidade de incorporar mais práticas interativas e argumentativas em sala de aula. Considerando que os professores do ensino básico apresentam visões alternativas sobre o que é uma argumentação, entendemos que este é um problema a ser enfrentado pela formação. Nesse sentido, neste trabalho analisamos discursivamente as visões sobre argumentação de professores formadores de um curso de licenciatura em física, para compreendermos se eles incorporam em suas falas os marcadores “contraposição” e “justificações recíprocas”, que o referencial teórico que utilizamos (Vieira & Nascimento, 2013) reconhece como necessários para compreensão, estabelecimento e manutenção de argumentações em salas de aula de ciências. Os resultados deste trabalho apontam que os professores formadores investigados apresentaram visões alternativas e lacunares sobre a argumentação. Por fim, apresentamos e discutimos algumas das implicações deste trabalho para a pesquisa e para a formação de professores.Research has suggested that argumentation contributes to students’ learning. Many official documents point to the need to introduce more interactive and argumentative practices in the classroom. Considering that teachers in basic education have alternative visions about what is an argumentation, we believe that this is a problem that the teacher education field has to face. In this sense, in this monograph we analyzed the visions of physics teacher educators of a physics teacher course aiming to understand how they use or not the markers “contraposition” and “reciprocal justifications”, which our theoretical basis (Vieira & Nascimento, 2013) recognizes as necessary to understand, establish and forward argumentations in science classrooms. Results of this research point that the investigated teacher educators presented alternative visions regarding argumentation. Implications of this study are presented and discussed