Tempo, memórias e saberes: histórias de professores e suas tecnologias

Neste trabalho dissertativo, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da vida e saúde da Universidade Federal do Rio Grande - FURG, buscamos discutir como a participação no Grupo de Estudos Inclusão Tecnológica - GEITEC contribuiu na reconfiguração das histórias que constituem os professores que dele participam. O grupo de estudos visa buscar nas suas atividades, problematizar o imbricamento das tecnologias digitais e de metodologias de ensino/aprendizagem em ambientes educativos tendo na discussão e na experimentação, com ferramentas da tecnologia digital, seu foco de trabalho, buscando estabelecer condutas consensuais que sejam resultantes do estar juntos em interações recorrentes. Para sustentar a nossa busca por compreender o tempo, as memórias e os saberes que compõem as histórias dos professores e as suas tecnologias, propomos uma conversa teórica com Maturana, Lévy, Capra, Marques, Tardif, Rodrigues e Cunha. Observamos o conversar de professores da Educação Básica, graduandos de cursos de licenciatura e pós-graduandos da FURG nas reuniões mensais do grupo de estudos e nas postagens realizadas no blog do GEITEC. Encontramos na investigação narrativa uma metodologia que nos possibilitou estruturar o narrar dos participantes permitindo a análise e sua interpretação. Das conversas do grupo nos múltiplos espaços e de nossa ação de pesquisar o estar juntos em ações recorrentes emergiram as histórias intituladas “O estar na escola sem sentir-se parte dela”, “O estar na escola sem saber qual é o seu lugar”, “O estar na escola em busca de um lugar” e “O estar na escola”. Investigar o conversar do GEITEC nos mostrou que as histórias formam culturas e que romper com as mesmas é constituir uma outra cultura. Analisando as histórias percebemos que as experiências e os saberes construídos ao longo da vida delineiam histórias de professores, fundamentando sua prática e a maneira como fazem uso das tecnologias, que o estar em um grupo de estudos tem permitido aos que dele participam questionar o seu próprio fazer e trazemos como hipótese de nosso estudo que são as perguntas que fazemos sobre o que fazemos que propiciam o rompimento, permitindo com isso o contar de outras histórias.In this dissertational work, linked to the Graduate Program in Science Education: Chemistry of life and health of the Federal University of Rio Grande - FURG, we discuss how participation in the Study Group Insertion Technology - GEITEC contributed to the reconfiguration of the stories are teachers who participate. The GEITEC aims searching their activities, discuss the interweaving digital technologies and methodologies of teaching/learning in educational settings with the discussion and experimentation with tools of digital technology, his work focus, seeking to establish standard protocols that are resulting from being together in recurrent interactions. To support our quest to understand the time, the memories and knowledge that make up the stories of teachers and their technologies, we propose a theoretical conversation with Maturana, Levy, Capra, Marques, Tardif, Rodrigues and Cunha. We observed the talk of teachers of Basic Education, students undergraduate degree courses and postgraduate of FURG in the monthly meetings of the study group and held posts in the blog GEITEC. Found in a narrative inquiry methodology that enabled us to structure the narrative of the participants allowing for the analysis and interpretation. Of group conversations in multiple spaces and our action to investigate the actions being together in the stories emerged applicants entitled "Being in school without feeling part of it," "Being in school without knowing what your place," "Being in school in search of a place" and "being in school”. To investigate the talk of the GEITEC showed us that the stories that make up cultures and break them is not an easy task. Analyzing the stories we realize that the experience and knowledge built over the life stories of teachers outline and justify their practice and how they use technology, that being in a group of studies has allowed him to participate in questioning their own making and bring a hypothesis of our study are the questions we ask about that we provide the break, thereby allowing the telling of other stories