Clássicos, Keynesianos e o modelo síntese de Duménil e Lévy

Este trabalho tem como objetivo principal a apresentação e discussão do modelo macroeconômico de crescimento proposto por Duménil e Lévy, o qual busca uma síntese entre a visão keynesiana e a visão clássica. Os keynesianos enfatizam um equilíbrio de curto prazo em que qualquer taxa de utilização da capacidade pode prevalecer. Já os clássicos privilegiam um equilíbrio de longo prazo com utilização normal da capacidade, equalização das taxas de lucro e preços de produção. No modelo de Duménil e Lévy, os equilíbrios keynesianos de curto prazo convergem para um equilíbrio clássico de longo prazo. A ação do banco central é primordial para a obtenção desse resultado. A conclusão aponta que, para além do modelo de Duménil e Lévy, clássicos e keynesianos, apesar das divergências, podem compartilhar de um programa de pesquisa comum e contribuir conjuntamente para um maior entendimento da realidade econômica.This paper aims to present and discuss the macroeconomic growth model proposed by Duménil and Lévy, which seeks a synthesis between the Keynesian view and the classical view. Keynesians emphasize a short-run equilibrium in which any rate of capacity utilization can prevail. The classicals, on the other hand, favor a long-term equilibrium with normal capacity utilization, equalization of profit rates and prices of production. In the model of Duménil and Lévy, short-term Keynesian equilibria converge towards a classic long-term equilibrium. The action of the central bank is essential to obtain this result. The conclusion points out that, beyond Duménil and Lévy’s model, classicals and Keynesians, despite their differences, can share a common research program and jointly contribute to a better understanding of economic reality