Reforço de pilaretes de concreto armado expostos a altas temperaturas com a utilização de tecido de fibra de carbono

A exposição de estruturas de concreto armado a elevadas temperaturas provoca alterações significativas em sua micro e macroestruturas, resultando principalmente na redução de sua capacidade portante, do módulo de elasticidade e surgimento de outros problemas, tais como mudanças na sua coloração, desplacamentos, esfarelamento superficial e fissuração, que podem limitar ou até mesmo impossibilitar o uso futuro da estrutura. O nível de agressão sofrido, varia de acordo com a temperatura máxima atingida durante o incêndio, seu período total de exposição na fase de aquecimento, a forma de resfriamento, bem como as características da estrutura atingida. Desta maneira, este trabalho avaliou, através de procedimento experimental, para uma determinada condição de incêndio simulado em laboratório, a perda de capacidade de carga para um elemento estrutural, neste caso o pilarete de concreto armado e, com a utilização de técnicas de reforço estrutural com tecido de fibra de carbono, a possibilidade de recuperação plena de sua capacidade de carga inicial. Foram moldados nove pilaretes de concreto armado, sendo três testemunhos e os outros seis expostos a elevadas temperaturas (900ºC), dos quais posteriormente três receberam reforço com tecido de fibra de carbono para avaliar o ganho correspondente em suas capacidades de carga. Para as condições de ensaio avaliadas, verificou-se que o patamar de temperatura atingido acarreta perdas significativas da capacidade de carga dos pilaretes, que impossibilitaram a recuperação plena de sua capacidade de carga através da utilização de sistemas de reforço com fibra de carbono. Desta forma, nos resultados apresentados, além desta condição, avaliou-se diferentes situações de exposição a elevadas temperaturas e de reforço com tecido de fibra carbono que possibilitariam a recuperação plena da capacidade de carga inicial