Comparação de diferentes metodologias para purificação de polihidroxialcanoatos : uma revisão bibliográfica

Biopolímeros, que são polímeros biodegradáveis e/ou de origem renovável, assim como os polihidroxialcanoatos (PHA), são alternativas sustentáveis para competir com plásticos derivados de fonte fóssil. Esta é a principal motivação para diversos pesquisadores estudarem a produção deste polímero biodegradável. Entretanto, a produção de PHA com um bom custo-benefício para a aplicação industrial é o fator limitante para inserir este material no mercado e requer o estudo e desenvolvimento de métodos de recuperação com alta eficiência e que não gerem impactos ambientais. O presente trabalho visa reunir estudos em que metodologias de recuperação de PHA foram testadas. Para encontrar o método de maior potencial para a possibilidade de aplicação em escala industrial, foram estudados diversos métodos e a partir deste estudo foi proposta uma metodologia de classificação para os tratamentos considerados viáveis para tal aplicação, comparando-os através de critérios (I) recuperação e pureza do biopolímero; (II) preservação das propriedades do biopolímero; (III) custo de produção; (IV) utilização de compostos tóxicos; (V) tempo de processamento e obtenção do produto final Em todos os artigos selecionados, observou-se que métodos químicos estão presentes em pelo menos uma etapa deste processo obtenção de PHA. Conclui-se que, entre as metodologias avaliadas, os métodos químicos utilizando agentes solventes ou digestores não tóxicos são os mais vantajosos. Além destes, destacaram-se os métodos biológicos por também serem tratamentos com menores impactos ambientais. Entretanto, para a recuperação biológica alcançar percentuais mais elevados no processo, seria necessário combiná-los com outros métodos (mecânicos ou químicos). Utilizando-os de forma combinada facilitaria o processo de rompimento celular e na de recuperação polimérica, obtendo assim elevadas taxas de recuperação e pureza