Propaganda, estereótipo e a pessoa com deficiência

Em uma sociedade globalizante, um dos desafios é cuidar do lado humano da inclusão, especialmente se considerarmos as pessoas com deficiência como uma parcela da população segregada durante muitos anos da nossa história. O presente estudo tem como objetivo compreender o papel da mídia e da publicidade e propaganda na construção do estigma e do preconceito com relação às pessoas com deficiência. O estudo fundamentou-se no método de pesquisa bibliográfica e análise de conteúdo de duas campanhas publicitárias para desenvolver a análise proposta. A primeira campanha analisada foi a “Chamada para o Teleton 2009”, anunciada pela AACD, que mostra a utilização de estereótipos consagrados para gerar maior identificação com o público; e a segunda foi “O Treino que Muda Opiniões”, do Comitê Paralímpico do Rio 2016, onde os estereótipos são quebrados para mostrar a pessoa com deficiência como uma pessoa como qualquer outra. A análise mostra que a mídia e a publicidade e propaganda atuam na construção de estigmas e preconceito em relação às pessoas com deficiência e reproduzem a segregação através de informações equivocadas, terminologias obsoletas que são perpetuadas pela sociedade agravando a exclusão destes indivíduos. A importância do tema se dá na medida em que pesquisas apontam a crescente participação deste segmento populacional na vida em sociedade, cabendo aos profissionais de comunicação atentar para todos os aspectos que envolvem a comunicação, no sentido de possibilitar a inclusão de todos os cidadãos