Inclusão escolar : avaliação das aprendizagens em sala de aula

Este trabalho apresenta uma reflexão sobre os métodos avaliativos utilizados pelos professores, ao verificar as aprendizagens dos alunos incluídos no ensino regular. Como estes alunos estão cada vez mais presentes nas escolas, as avaliações destes sujeitos passa a ter, cada vez mais, um papel preponderante na busca por uma educação de qualidade. Com isso, o objetivo desta pesquisa foi identificar as diferentes formas de avaliar as aprendizagens dos alunos incluídos no ensino regular. A percepção dos professores sobre a avaliação das aprendizagens dos alunos incluídos em uma escola de ensino regular, serviu como unidade de análise e foco da pesquisa. Para tanto, foram realizadas entrevistas com uma professora do quarto ano do ensino fundamental e a professora da sala de recursos da mesma instituição que pertencem à rede estadual de ensino de Porto Alegre. Dentre os autores que embasaram esse estudo destacam-se Philippe Perrenoud e Cláudio Roberto Baptista, para auxiliar na análise dos processos avaliativos atuais praticados pelos professores na escola e identificar possíveis elementos do processo desenvolvido no ambiente escolar. Concluiu-se que com a proposta da avaliação das aprendizagens ajustadas às características do alunado da Educação Inclusiva e devidamente orientada pelos seus gestores, certamente a escola poderá ter maior confiabilidade nas informações disponíveis, maior controle nos processos de aprendizagens e promoverá, por conseqüência, uma educação de qualidade para todos os envolvidos. Esta pesquisa também revelou uma contradição: apesar do sistema gestor ofertar a matrícula aos alunos de inclusão, não garante a qualidade da sua escolarização no momento em que os recursos são insuficientes. É importante ressaltar que a inclusão deve acontecer, mas os sistemas responsáveis devem cumprir com suas funções e não transferi-las para a escola ou para o professor. O estudo apontou que as avaliações são realizadas por meio de provas, teste e exames e que a escola ainda está muito presa a este sistema de instrumentos formal de avaliação. E, também, que uma das barreiras é a forma como o professor irá interpretar o que o aluno transpôs naquele instrumento