O papel dos povos indígenas isolados na efetivação de seus direitos: apontamentos para o reconhecimento de suas estratégias de vida

Este artigo discute conceitos e apresenta reflexões sobre questões relacionadas aos povos indígenas isolados no Brasil a partir de trajetória profissional do autor junto à temática. Aborda diferentes temas relacionados aos povos isolados, tal como “vulnerabilidade,” “isolamento voluntário” e “políticas públicas,” com o objetivo de informar e descontruir equívocos que a sociedade em geral possui sobre esses temas. Argumenta que os povos isolados são coletivos ativos na construção e garantia de direitos indígenas por meio de processos de resistência, e que suas estratégias de isolamento devem ser reconhecidas como expressão máxima de sua autonomia. This article presents a series of concepts and reflections concerning isolated indigenous peoples in Brazil, drawing on the author’s professional experience with the subject. It approaches different themes such as “vulnerability,” “voluntary isolation” and “public policy,” with the goal of informing society in general and deconstructing certain widespread misunderstandings. It argues that isolated peoples are groups that are actively involved in constructing and guaranteeing indigenous rights through processes of resistance, and that their strategies of isolation should be recognized as a maximum expression of their autonomy. El presente artículo presenta algunas reflexiones relacionadas a los pueblos indígenas en aislamiento en Brasil a partir de la trayectoria profesional del autor en este tema. En este sentido, discute diferentes conceptos y temáticas relacionados a los pueblos aislados, tales como “vulnerabilidad,” “aislamiento voluntario” y “políticas públicas,” con el objetivo de informar y deconstruir planteamientos inexactos que la sociedad en general posee sobre estos temas. Argumenta que los pueblos indígenas aislados son colectivos activos en la construcción y garantía de sus derechos por medio de procesos de resistencia y que sus estrategias de aislamiento deben ser reconocidas como expresión máxima de su autonomía