Tratamento multiprofissional realizado em criança vítima de queimadura em região plantar: relato de caso

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)INTRODUÇÃO: Atualmente, destaca-se o crescente índice de queimaduras entre as crianças com idade inferior a 5 anos, especialmente naquelas entre 1 e 3 anos, provavelmente associado ao desenvolvimento neuropsicomotor, pois é uma fase caracterizada pela independência da criança em relação aos pais ou responsáveis. As estatísticas epidemiológicas ainda mostram que os danos causados por queimaduras é a 2ª consequência de morte em crianças menores de seis anos, estando abaixo apenas do trauma por acidentes automobilísticos. Uma estimativa global contabilizou em 2004, aproximadamente 96.000 mortes entre crianças e adolescentes vítimas de queimaduras. OBJETIVO: Relatar o caso de uma paciente pediátrica vítima de queimadura em extremidades na região plantar atendida na Unidade de Queimados e Cirurgia Plástica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional de caráter descritivo, tipo relato de caso. RESULTADOS: Paciente, 1 ano e 4 meses, natural de Araguari, no dia 12 de outubro de 2017 teve contato por tempo prolongado com tampa metálica aquecida pelo sol. Foi atendida inicialmente no hospital local para os primeiros socorros e posteriormente na Unidade de Atendimento Integrado de Uberlândia, após cinco dias de evolução, observou-se sinais de aprofundamento da lesão e a paciente foi encaminhada para o Pronto Socorro do HC-UFU. Foi internada no setor de queimados e cirurgia plástica do HC-UFU, onde foi assistida por uma equipe multiprofissional, que propôs cuidados específicos com as lesões. Durante onze dias a cobertura das lesões foi feita com Sulfadiazina de prata 1% e por três dias a equipe optou por colagenase, em razão do debridamento químico. As lesões evoluíram de forma significativa, porém observava-se uma lentificação no processo cicatricial, por tal motivo, em comum acordo, os membros da equipe optaram pelo uso da placa de Mepilex Ag®, que possibilitou a alta hospitalar da paciente e acompanhamento ambulatorial a cada sete dias. Após vinte dias, as lesões cicatrizaram e a paciente recebeu alta ambulatorial. CONCLUSÃO: O cuidado realizado pela equipe foi sistemático, contínuo e eficaz, principalmente pelo critério de escolha das coberturas utilizadas desde o início do tratamento proposto. Há de se considerar, que a utilização da placa de Mepilex Ag® otimizou o tempo de internação e a intervenção proposta, tanto com a redução dos custos relacionados a internação, evitando prolongamento e aumento dos riscos de infecção relacionada à assistência em saúde; quanto com a reinserção da criança a sua rotina e convívio social