BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL DA PESSOA IDOSA: O CASO PARTICULAR DE UMA ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA IDOSOS NO CONCELHO DE ÉVORA

Em Portugal, têm-se verificado alterações demográficas registando-se um aumento do índice de envelhecimento assim como do índice de longevidade. A par destes, constata-se também um aumento do índice de dependência dos idosos(1). Esta realidade representa novos desafios para os profissionais de saúde tornando necessário o desenvolvimento de estratégias de intervenção que dêm resposta às necessidades específicas desta população(2). Objetivo: identificar a perceção dos idosos, residentes em estruturas residenciais para idosos, acerca do seu estado de saúde. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem quantitativa. Utilizado como instrumento de recolha de dados o questionário EASYcare – Elderly Assessment System (3). Amostra por conveniência constituída por 58 indivíduos, com idade igual ou superior a 65 anos, residentes num lar de idosos do concelho de Évora. Resultados: os inquiridos apresentam uma média de idades de 87,8 anos, maioritariamente mulheres (63,8%). 43,1% refere dificuldades na visão. Os principais resultados indicam que o cuidado da aparência pessoal é feito pela maioria dos inquiridos de forma autónoma (70,7%) necessitando a maioria (62,1%) de ajuda para se deslocar. Quanto à perceção acerca da sua saúde, 36,2% consideram-na “razoável”, enquanto 20,7% “fraca”. A maioria dos idosos (81%) refere algum tipo de dor. Ainda 31% confirma a existência de sentimentos de depressão/desespero/sentir-se em baixo e 44,8% refere sentir-se só, revelando 10,3% pouco interesse e prazer em realizar qualquer atividade. Conclusão: evidencia-se a perceção de perda, dependência, sentimentos de solidão e presença de dor, o que incita à necessidade evidente de intervenção com esta população