Tempo e História: representação em Lucrecia Martel

Analyzing films as representations allows for researching the way we perceive ourselves as beings in the world. Based on François Hartog’s Order of Time which considers the interface between history and cinema, I hypothesize that time can be defined as pure present time and time of thought in the nuevo cine argentino. This text focuses on representations that confirm the perception of the new Order of Time and its impact over the way we perceive ourselves in the world in Lucrecia Martel's production, particularly in her last film, La mujer sin cabeza (2008).Analisar os filmes como representações é reconhecer nestas obras a possibilidade de recorte cultural a perscrutar a maneira como os homens se percebem como seres no mundo. Investigo neste artigo a nova Ordem do tempo proposta por François Hartog tendo em vista a relação de história com cinema. Neste sentido, a informação de que no nuevo cine argentino o tempo seria definido como sendo o tempo do puro presente e o tempo do pensamento despertou-me o interesse em averiguar se nestes filmes encontraria representações a corroborar a percepção de nova Ordem do tempo e seu impacto sobre a maneira como os homens se percebem como seres no mundo. Para tanto, escolhi analisar a obra de Lucrecia Martel, particularmente seu último filme de longa metragem, La mujer sin cabeza (2008)