O contador de histórias

Trabalho de Projeto submetido à Escola Superior de Teatro e Cinema para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Teatro - especialização em Artes PerformativasEste relatório divide-se em três capítulos: O contador de histórias; Um espaço vazio; O Espaço, Eu e o Outro – uma oração. O contador de histórias defende que apenas existe uma forma de contar uma história: não saber que história se irá contar, mas ainda assim contá-la. Este processo caracteriza-se, essencialmente, por uma tentativa constante por lembrar. Neste sentido, a memória e a palavra funcionam como elementos auxiliadores, mas também, desviantes da trajectória da história. É discutida a importância da acção e do estático, o que significa descobrir a história e o que é que a constitui. Um espaço vazio aborda a temática da visão e pensa a sua relação com a capacidade de sobrevivência. Posto isto, é debatida a pertinência do que é pequeno, visto que, contém a possibilidade de tornar-se no grande desejado. Introduzem-se os seguintes conceitos: realidade e ideia e comenta-se a sua fragilidade, bem como o seu papel enquanto agentes da acção; o foco e a mudança de foco e em que medida dependem de uma atitude séria e, ao mesmo tempo, pouco séria. Em suma, neste capítulo defende-se que poder ver é o princípio. O Espaço, Eu e o Outro – uma oração questiona como é que se pode fixar o tempo, à equação do espaço, do eu e do outro, sem o matar. Neste sentido, tenta-se compreender o tempo sob a perspectiva da profecia, refere-se a importância da oração como uma prática face ao silenciamento do indivíduo, para que este seja capaz de ouvir “aquele que fala” e, também, a importância de apresentar o abstracto de uma forma concreta.Numa segunda fase, exploram-se as dinâmicas do indivíduo no espaço e as suas interferências com códigos já estabelecidos. Por último, põe-se em questão dois sistemas de linguagem: o horizontal e o vertical.ABSTRACT - This essay is composed of three chapters: The storyteller; An empty space; The Space, the I and the Other – a prayer. The storyteller defends that it only exists one way to tell a story: not to know which story to will tell, but telling it either way. This process is, essentially, characterized by the constant attempt to remember. In this sense, memory and words are auxiliaries, but also deviant elements of the history’s trajectory. It is discussed the importance of action and static, which means to discover the story and what constitutes it. An empty space approaches the subject of vision and thinks about its relation to survival capacity. Hence, it’s debated the pertinence of what it’s small, since it contains the possibility of becoming the great desire. The following concepts are introduced: reality and idea, and their fragility are commented, as well as their role as agents of action; focus and change of focus, and in what way they depend on a serious attitude and, at the same time, less serious. In short, this chapter defends that “to be able to see is the beginning”. The Space, the I and the Other – a prayer questions the ability to stop time, in equation with The Space, the I and the Other, without killing it. In this sense, an effort is made to understand time under the prophecy’s perspective. Also, it’s presented the importance of the prayer as a practice in regard to silence the individual, so that he is able to hear “the one who speaks”. It’s referred, as well, the importance of presenting abstract thoughts in a concrete way. 10 On a second part, the individual’s dynamics in the space and its interferences with established codes are explored. Finally, two systems of languages are questioned: the horizontal and the vertical.N/