Development of an emotional memory test and its novel use in patients with bipolar disorder : impact of multiple mood episodes and childhood trauma

Emotional memory is an essential amygdala-dependant cognitive function characterized by an enhanced memory for emotional stimuli, which usually leads to retrograde amnesia for neutral events. Emotional memory and amygdala function are disrupted in neuropsychiatric conditions, including affective disorders. Previous studies indicate that patients with bipolar disorder tend to evaluate neutral stimuli as emotional and suggest a blunted emotional memory in these patients. This thesis aims to assess emotional memory in euthymic patients with bipolar disorder through an amygdala-dependant task and to investigate the influence of previous exposure to trauma and multiple mood episodes on emotional memory. We conducted the translation and cross-cultural adaptation of an emotional memory test to Brazilian Portuguese. This process was composed of five steps: translation, negative selection, positive selection, semantic selection, and semantic assessment. Furthermore, we assessed for the validation of this test in healthy controls. We investigated the differences in emotional memory results between patients with bipolar disorder and healthy controls. We also examined how emotional memory is affected by previous exposure to trauma during childhood in patients with bipolar disorder and healthy controls. Finally, we explored differences in emotional memory between patients with few and multiple mood episodes. This thesis resulted in a translated and cross-culturally adapted test to investigate emotional memory in the Brazilian Portuguese-speaking population. Our results indicate enhanced emotional memory in patients with bipolar disorder, particularly with a higher number of previous mood episodes in spite of previous exposure to trauma. Our findings also suggest an emotional memory augmentation in healthy controls who were exposed to trauma during childhood. Emotional memory enhancement seems to be a promising marker of progression in patients with bipolar disorder.Memória emocional é uma importante função cognitiva dependente da amígdala, a qual é caracterizada por um aumento de memória para estímulos emocionais normalmente ligado a uma amnésia retrógrada para eventos neutros. Memória emocional e função da amígdala estão alteradas em doenças neuropsiquiátricas, incluindo transtornos de humor. Estudos anteriores indicam que pacientes com transtorno bipolar tendem a avaliar estímulos neutros como emocionais e sugerem uma memória emocional embotada nesses pacientes. O objetivo dessa tese é avaliar memória emocional em pacientes eutímicos com transtorno bipolar por meio de uma tarefa dependente da amígdala e investigar a influência de exposição prévia a trauma e estadiamento do transtorno bipolar na memória emocional. A tradução e adaptação trans-cultural de um teste de memória emocional para português brasileiro foi conduzida por meio de cinco etapas: tradução, seleção negativa, seleção positiva, seleção semântica e avaliação semântica. Logo após, foi avaliada a validação desse teste em controles saudáveis. Foram investigadas as diferenças dos resultados de memória emocional entre pacientes com transtorno bipolar e controles saudáveis. Além disso, avaliou-se como memória emocional é afetada por exposição prévia a trauma durante a infância em pacientes com transtorno bipolar e em controles saudáveis. Por fim, foram exploradas as diferenças de memória emocional entre pacintes com poucos e múltiplos episódios de humor prévios. Essa tese resultou em um teste traduzido e adaptado trans-culturalmente para investigar memória emocional na população falante de português brasileiro. Nossos resultados indicam memória emocional aumentada em paciente com transtorno bipolar, em especial naqueles com maior número prévio de episódios de humor independente da exposicao previa a trauma. Os resultados tambem sugerem um acrescimo de memória emocional em controles saudaveis expostos a eventos traumaticos durante a infancia. Aumento de memória emocional parece ser um marcador promissor de progressão em pacientes com transtorno bipolar