Com vista a compreender o papel da imprensa periódica da ditadura Estado Novo no recorte e na defesa de uma identidade da mulher portuguesa, o presente estudo analisa, numa perspetiva linguístico-discursiva, a representação da mulher num corpus de “Página(s) Feminina(s)” e rubricas de autoria feminina das revistas Mundo Gráfico, A Esfera e Portugal Colonial. Como revistas do regime, as publicações promoviam um Portugal e uma mulher idealizados. A presença e a participação da mulher na imprensa cingiam-se prototipicamente a rubricas de entretenimento e/ou aconselhamento, difusoras da propaganda do Estado e alheadas do cenário sociopolítico de então, em que, por ausência, está implícita essa segregação.In order to understand the role of the ...