Explorando o legado social dos jogos paralímpicos para as pessoas com deficiência

While the concept of legacy of sporting mega-events has been highly debated and filled with the promise to deliver tangible and measurable benefits, in the context of the Paralympics, defining legacy has been a challenge, due to a lack of universally understood and accepted nature and objectives of the Paralympic Games themselves. Although many authors and disability rights activists expect the Paralympics to accelerate agenda of inclusion of disabled people, a growing number of studies found that the Paralympics misrepresent disability and the reality of disabled people, and consequently reinforce negative stereotypes. Informed by critical disability studies, the central research aim of this article is to examine the social legacies of the 2012 and 2016 Paralympic Games for disabled people as identified in the media coverage of three selected periodicals, The Guardian, and O Globo. The article presents a summary of the qualitative analysis of the media coverage related to the topic of Paralympic legacy and disability rights, highlights its central themes and offers a discussion of the findings through the lens of critical disability studies.O conceito de legado de mega-eventos esportivos tem sido altamente debatido, com promessa de trazer benefícios tangíveis e mensuráveis. Porém, no contexto dos Jogos Paralímpicos, o conceito de legado apresentou um desafio, devido à falta da compreensão universalmente aceita tanto dos legados em si como dos objetivos dos próprios Jogos paraolímpicos. Embora muitos autores e militantes dos direitos das pessoas com deficiência esperem que os Jogos Paralímpicos agilizem a agenda de inclusão de pessoas com deficiência, um número crescente de estudos mostrou que a Paralimpíada distorce a natureza de deficiência e a realidade das pessoas com deficiência e, consequentemente, reforça os estereótipos negativos. O presente artigo se baseia em estudos críticos sobre deficiência, visando examinar os legados sociais dos Jogos Paralímpicos de 2012 e 2016 para as pessoas com deficiência, identificados na cobertura de três periódicos selecionados, The Guardian, Estadão e O Globo. O artigo apresenta um resumo da análise qualitativa da cobertura de mídia relacionada ao tema do legado paralímpico e dos direitos das pessoas com deficiência, destaca os temas centrais e oferece uma discussão dos resultados sob lentes de estudos críticos de deficiência