O texto aborda a adolescência como um momento em que ocorrem transformações na relação do sujeito com o seu corpo e com os laços amorosos e sociais. A teoria freudiana destaca nesta fase duas grandes transformações: um novo fim sexual e a escolha do objeto sexual ao lado de uma nova excitação sexual da qual o sujeito não pode escapar. É o momento em que há o risco de pane e uma tendência a agir como solução para os impasses. Esse agir decorre da descoberta que o corpo se torna estranho. O corpo familiar da primeira infância é perdido e em seu lugar aparece um mal-estar em relação ao corpo. A impossibilidade do luto do corpo perdido ao lado da queda dos ideais e da separação dos pais conduz ao alto índice de tentativas de morte, muitas vezes...