Prevalência de estenose vaginal na avaliação fisioterapêutica após Braquiterapia de Alta Taxa de Dose em um centro oncológico de referência no Sul do Brasil.

Introduction: Vaginal stenosis is an important sequel after pelvic radiotherapy, involving changes in sexual life and follow-up examinations. Objective: To determine the prevalence of vaginal stenosis in women with gynecological cancer submitted to High Dose Rate Brachytherapy (HDRB). Methods: Cross-sectional study, data collected in medical records of patients with gynecological cancer of the first post-BATD evaluation, in the Physiotherapy service, at a reference cancer center in southern Brazil, between December 2013 and December 2018, approved by CEP under protoco 3.215.586 .For evaluation of vaginal stenosis, the service uses the Common Criteria for Adverse Events Version (CTCAE v4.03) scale. The descriptive analysis of the continuous variables was performed through means and standard deviation, for the categorical variables, absolute and relative frequency. Results: We analyzed charts of 319 women, mean age of 54.67 (± 13.8). The most observed cancers were cervical in 78.7% (n = 251) of women and endometrium in 19.7% (n = 63). The most frequent staging was IIB (34.7%; n = 99). Regarding sociodemographic data, 89.2% (n = 223) of the women belonged to the lower social class, 90.4% (n = 274) were Caucasian, and 59.8% (n = 189) had only elementary education. All patients underwent BATD, and 70.8%; (n = 225) received doses of 28Gy.The stenosis was present in 32.4% (n = 103) in the physiotherapeutic evaluation, with grade 1 being the most frequent, 17.6 (n = 56). Conclusion: Vaginal stenosis has high prevalence, which causes difficulties in the lives of these women in sexual activity and gynecological exams, such results show the need for interventions for guidance and prevention.Introdução: A estenose vaginal é sequela importante pós-radioterapia pélvica, a qual implica em alterações na vida sexual e exames de seguimento. Objetivo: Determinar a prevalência de estenose vaginal em mulheres com câncer ginecológico submetidas a Braquiterapia de Alta Taxa de Dose (BATD). Métodos: Estudo transversal, dados coletados em prontuários de pacientes com câncer ginecológico da primeira avaliação pós-BATD, no serviço de Fisioterapia, em um centro oncológico de referência no Sul do Brasil, entre dezembro/2013 a dezembro/2018, aprovado pelo CEP sob parecer 3.215.586. Para avaliação da estenose vaginal, o serviço utiliza a escala Common Criteria for Adverse Events Version (CTCAE v4.03). A análise descritiva das variáveis contínuas foi realizada através das médias e desvio padrão, para as variáveis categóricas utilizou-se frequência absoluta e relativa. Resultados: Foram analisados prontuários de 319 mulheres, média de idade de 54,67 (±13,8). Os cânceres mais observados foram colo uterino em 78,7% (n=251) das mulheres e endométrio em 19,7% (n=63). O estadiamento mais frequente foi IIB 34,7% (n=99). Em relação aos dados sociodemográficos, 89,2% (n=223) das mulheres pertenciam à classe social baixa, 90,4% (n=274) eram caucasianas, e 59,8% (n=189) tinham apenas o ensino fundamental. Todas as pacientes realizaram BATD, e 70,8%, (n=225) receberam doses de 28Gy. A estenose esteve presente em 32,4% (n=103) na avaliação fisioterapêutica, sendo o grau 1 o mais frequente, 17,6 (n=56). Conclusão: A estenose vaginal possui alta prevalência, a qual leva dificuldades na vida dessas mulheres na atividade sexual e exames ginecológicos, tais resultados mostram a necessidade de intervenções para orientação e prevenção